A Cisco pode negar o quanto quiser, mas desde 2007 a empresa se vê às voltas com o inquérito da Polícia Federal da “Operação Persona”, que desbaratou um esquema de importação de equipamentos desta companhia feita por revendas brasileiras, em que a mercadoria entrava no Brasil sem pagar imposto, o que pode ter dado prejuízos ao País da ordem de R$ 1,5 bilhão ( preços da época).
Como reflexo dessa confusão, a companhia agora anuncia, nos EUA, que a partir do próximo ano começa a importar, sob demanda, os seus equipamentos para os grandes clientes corporativos (governo, por exemplo).
É claro que numa situação dessas há sempre o “blábláblá” de que as revendas “são importantes”, serão mantidas, etc.
Não é bem assim.
Revenda é um nome bonito para Intermediário, que sempre leva o bem ou serviço a custar mais caro. No caso da Cisco chegou até a render um “xilindró” para seus principais executivos.
A empresa está sendo procurada aqui para falar sobre o assunto. Para explicar se tal decisão não seria um reflexo da Operação Persona, que desde 2007 vem sendo abafada pelo governo, em termos de produção de notícias sobre o andamento do caso.
Lembro que na época,ao anunciar a mega operação, o secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Nelson Machado, não queria sequer informar o nome da empresa, em Brasília, quando os altos executivos da Cisco já estavam em cana, em São Paulo.
Mesmo tratamento, por exemplo, não foi dado às empresas brasileiras da “Operação Caixa de Pandora” .
* País capturado tem dessas coisas…