Vem chamando a atenção dos funcionários a forma como o diretor de Desenvolvimento Humano do Serpro, Wilson Biancardi Coury, decidiu se desligar dos assuntos chatos que a pasta administra.
Ele prefere não se envolver diretamente com assuntos desgastantes como, gestão de pessoal, acordos trabalhistas e suas infindáveis discussões com sindicalistas. Prefere só cuidar da parte considerada “filé” da diretoria, que seria a qualificação de pessoal, da parte referente a ensino a distância, por exemplo.
Será que Wilson Coury foi enganado por Caio Paes de Andrade, quando foi convidado para encarar o pepino de uma diretoria que trata de recursos humanos?
É complicado tentar entender essa situação, assim como tem sido complicado para esse site assistir ao festival de viagens e hospedagens que vem ocorrendo, pagas pelo contribuinte, de diretores do Serpro e também da Dataprev, que não querem morar em Brasília e trabalhar na sede da empresa.
Quando não são viagens particulares como a da presidenta da Dataprev, que foi participar de uma reunião do Conselho de Administração da Renner.
Afinal de contas, por que aceitaram essa “árdua tarefa” de dirigir uma estatal em Brasília, se não podem abrir mão do convívio familiar em outro Estado? Quem de nós concedeu esse benefício a diretores de estatais e assumiu esses gastos, em troca de seus “valorosos serviços” prestados à Nação?
Eu só vejo uma resposta plausível que poderia ser dada por eles: “quem votou em Jair Bolsonaro convalidou esse quadro”. Isso é questionável, mas não vem ao caso nesse momento.
O que realmente interessa é que Wilson Coury está sendo pago pelo contribuinte para ser diretor do Serpro, expediente que não dava na empresa há anos e até entendo os motivos. Mas ninguém agora lhe concedeu o direito de ser “meio diretor”. Nem tampouco o de vir uma vez por semana a Brasília despachar na sua sala, porque não quer sair do conforto do seu lar no Rio de Janeiro.
No Serpro os funcionários estão sem entender como Wilson Coury continua se envolvendo com assuntos da direção da Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP), de onde veio para assumir o cargo no Serpro.
Tanto que ficaram surpresos quando o diretor anunciou uma reunião com o pessoal de Minas Gerais envolvido com a área de Ensino a Distância e a “equipe” dele na RNP.
Afinal de contas o primeiro contato de Wilson Coury com a sua equipe do Serpro será também a primeira reunião de trabalho dele com a participação do seu pessoal da RNP?
Parece que infelizmente isso irá perdurar até que algum órgão de controle resolva se mexer para começar a indagar o que anda acontecendo dentro da empresa.
*Espero sinceramente que isso ocorra antes dela já ter sido vilipendiada, o suficiente para perder o total crédito como empresa pública e só lhe sobre como saída ser vendida a qualquer preço.