Mono o quê?

foto_antoniocvalente.jpgEstava aqui no meu cantinho, lendo alguns e-mails que vazaram no fim do ano. Entre eles, o da Telebrasil. Que anunciava uma entrevista com o presidente da entidade, Antonio Carlos Valente, que também é presidente da Telefônica, além de outros afazeres.

E a entrevista abre com a seguinte informação:

“Em entrevista exclusiva, o presidente da Associação Brasileira de Telecomunicações, Antonio Carlos Valente, fala do difícil ano 2009 e do promissor 2010. Explica a importância e o surgimento do “monobloco”….

TELEBRASIL – Qual é a idéia do “monobloco”?
AV – Um projeto que visa unificar o comando das principais associações do setor de telecomunicações.
TB – Como surgiu esta denominação?
AV – Ela se deve à “criação artística” do João de Deus, da Oi, que foi o idealizador desta denominação.
TB – Quando tudo se iniciou?
AV – O projeto foi iniciado na TELEBRASIL, em julho de 2008, e foi, posteriormente, continuado pela Febratel.
TB – A consolidação?
AV – Os principais executivos das principais operadoras do setor de telecomunicações assumiram a diretoria da TELEBRASIL. Eles também assumiram a diretoria da Febratel, em conjunto com representantes de outros sindicatos. O processo se concluiu com a posse da nova diretoria do SindiTelebrasil por este mesmo conjunto de executivos.
TB – O que representam esses executivos?
AV – Como eu comentei, esse conjunto de executivos representa as principais operadoras de telecomunicações. São aqueles que representam Embratel, Claro, Oi, TIM, GVT, Telefônica e Vivo.
TB – TELEBRASIL e duas organizações sindicais, SindiTelebrasil e Febratel: o Sr. fica com três chapéus?
AV – Sim; em realidade não são apenas três chapéus, porque eu tenho ainda um quarto chapéu. É o da AHCIET, a Associação Ibero-Americana de Centros de Investigação e Empresas de Telecomunicações, que também tenho a honra de presidir.
TB – Voltando ao monobloco …
AV – Todo o esforço, obviamente, é feito dentro e para o monobloco. Ele é um esforço de consolidação que tem como grande objetivo tornar o setor de telecomunicações – que hoje já é economicamente muito forte – em um setor que seja também institucionalmente muito forte, através da organização de todos os seus agentes naqueles temas que são consenso.
TB – Duas vertentes distintas, de um lado a TELEBRASIL e de outro o SindiTelebrasil e a Febratel. Como o Sr. vai unificar isto?
AV – A unificação se faz através de princípios.
TB – Quais?
AV – Os princípios que nortearam a criação do projeto do monobloco são a luta obstinada com relação as principais preocupações do setor, passando sobre a questão da excessiva carga tributária. Também queremos a divulgação dos principais pontos que levaram o Brasil a ter um setor de telecomunicações tão moderno, tão amplo e tão respeitado em nível internacional.
TB – Continuando …
AV – Ao mesmo tempo em que se reconhece o sucesso do setor, queremos trabalhar também suas debilidades, em especial a relação com seus consumidores e com os organismos de defesa do consumidor.
TB – É criar uma agenda comum?
AV – Sim; é trabalhar os pontos fracos e trabalhar os pontos fortes, criando uma agenda comum. É tornar esse setor, que é um setor de pessoas sérias e de empresas sérias, em algo que possa produzir alguma coisa ainda mais produtiva, além de tudo que já fez pelo País.

* Sinistro…