*Por Leandro Campos – Pode parecer batido, mas não podemos deixar de falar que a Covid-19 afetou todos os segmentos do mercado, seja de forma positiva ou negativa. Uma das principais alterações que impactou a rotina foi o trabalho em home office. Muitas pessoas nunca tinham trabalhado nesse formato e de um dia para o outro, tiveram que se adaptar 100%, o que gerou desafios e superações tanto para as empresas quanto para os colaboradores.
Segundo a Pesquisa Gestão de Pessoas na Crise covid-19, 46% das empresas adotaram o home office durante a pandemia. Além disso, essa é uma tendência que já apresenta crescimento comprovado. Um levantamento do site Vagas.com mostra que o número de postos de trabalho em casa aumentou 309% em 2020, saltando de 594 vagas em 2019 para 2.428.
Com essa possibilidade, as empresas começaram a entender que é possível seguir dessa forma por tempo indeterminado, já que foram comprovados benefícios para ambos os lados.
A Citrix, empresa que desenvolve tecnologia de espaço de trabalho digital, realizou uma pesquisa em parceria com a OnePoll em cinco países da América Latina, incluindo o Brasil.
Os resultados mostram que os trabalhadores parecem felizes em realizar as atividades profissionais de casa, sendo que 69% dizem que o bem-estar físico aumentou e 64% afirmam que o bem-estar mental cresceu.
Diante de tantos dados positivos sobre o trabalho remoto, a tendência é que o Brasil tenha mais empresas adotando definitivamente esse método. Ainda assim, aprimorando e agradando a todos os envolvidos, a possibilidade do formato híbrido, que é a opção dos colaboradores trabalharem de forma remota e/ou presencial, vem ganhando força entre as instituições. Além de beneficiar os funcionários, esse método abre portas para explorarmos mais a tecnologia e a digitalização ao nosso favor.
De forma repentina e quase que imediata, todas as empresas tiveram que transformar muitos dos seus métodos já consolidados. De acordo com o estudo “Covid-19 e o futuro dos negócios”, feito pela IBM com mais de 3.800 executivos C-Level em 20 países e 22 setores, seis em cada dez empresas aceleraram projetos de digitalização e mais da metade, cerca de 51% dos executivos, vão priorizar projetos desse tipo nos próximos dois anos. Com o aumento do formato híbrido nas companhias, esse ainda é um processo que deve continuar a ser estruturado para proporcionar melhores condições as equipes.
Outro método que podemos ressaltar é o uso da tecnologia em nuvem. Com o home office, percebemos o quanto estar conectado de forma online foi importante para a comunicação e o andamento das tarefas. Na América Latina, de acordo com estudos recentes da Accenture, 97% das companhias pesquisadas avaliam que a nuvem é um componente crítico para atingir seus objetivos de negócios, e mais da metade dos entrevistados afirmam que 75% de seu fluxo de trabalho já é feito em sistemas na Nuvem.
Nesse sentido, trago como exemplo a telefonia Voip, ou também conhecida como telefonia em nuvem. Por mais que ela já estivesse em ascensão antes da pandemia, o crescimento impulsionado pelo isolamento social possibilitou que ela demonstrasse seu potencial em melhorar a comunicação dentro de uma empresa. Além dos benefícios como a diminuição de custos, fim dos cabos das telefonias convencionais e integração com outros sistemas, a ligação pela internet trazem uma verdadeira mudança no atendimento da empresa.
A pandemia também acelerou o uso da inteligência artificial (IA) e Machine Learning (ML). Por conta do aumento do comércio eletrônico, os bots inteligentes, que podem sugerir compras, tornaram-se mais importantes do que nunca, podendo automatizar algumas atividades repetitivas.
Vale lembrar que tudo mudou com a pandemia da Covid-19 e ainda estamos nos adaptando a essas transformações e inovações tecnológicas, buscando sempre levar o melhor para todos os envolvidos. Isso pode ser constatado nas adaptações do trabalho híbrido e nos esforços que as empresas e colaboradores têm realizado para continuar com o sucesso do trabalho, independente da localização de cada um.
* Leandro Campos é CEO e cofundador da Nvoip, startup de telecomunicações que oferece ao mercado uma plataforma de comunicação de voz, SMS e API para pequenas, médias e grandes empresas.