Volto a repetir aos funcionários do Serpro: eu não presto serviço a vocês

Volta e meia sou obrigado a delimitar territórios por conta de funcionários insatisfeitos com a conduta deste blog/site (como preferirem). Em primeiro lugar, não faço “campanha nem contra e nem à favor da privatização do Serpro e da Dataprev, ou de qualquer estatal relacionada com as áreas de TI/Telecom.

Este veículo é contra a privatização por princípios. Não ganho um só centavo de propaganda, de vaquinha de trabalhador, muito menos por impulsionamento na Internet por conta dos acessos que tenho de vocês.

Quem recebe dinheiro de vocês para fazer lobby político contra as privatizações não está aqui. Vocês sabem quem ganha, já que vocês mesmos contrataram e pagam para isso.

Falar contra o desmonte do modelo estatal é de graça aqui e desafio qualquer um de vocês a provarem em juízo que já ganhei algo por isso.

Aliás, se formos falar de “acessos”, vocês não são a única razão de ser deste veículo. Considerando que falo de duas estatais que têm pra lá de 12 mil funcionários, a maioria nem me lê. Em um mês, se este Blog/site chegar a 20 mil acessos únicos é para se dar uma festa. E, deste universo, o público leitor estatal é responsável por algo em torno de 5 mil.

Portanto, não sou contratado de vocês e muito menos lucro na Internet com a presença de vocês, que a meu ver sempre foi pífia a julgar pela quantidade de trabalhadores.

Vir dizer que escrever contra as ações desta diretoria é fazer campanha contra a privatização, além de ser um erro de avaliação, tenta impor a este veículo uma linha editorial que jamais terá.

Até porque, para este veículo de Comunicação, vocês já foram privatizados, só não sabem ainda porque ainda não viram o futuro dono sentar em reunião de diretoria. Mas podem ter certeza: os prepostos deles sentam, todos os dias.

O Serpro ou a Dataprev apanham deste veículo quando tem de apanhar e é elogiado quando merece. Se não há um equilíbrio entre uma coisa e outra, o problema está na Comunicação Social, não neste veículo. Em torno de 90% do material que chega à este blog/site é má notícia. Muita coisa é filtrada por falta de informações claras, que sejam documentadas.

Já notícia boa, senta e espera porque não vem. A Comunicação do Serpro também deve achar que sou pago para publicar os textos deles que saem na página da empresa. Erram, pois isto aqui tem vários defeitos, mas não o de fazer jornalismo chapa-branca.

Esta diretoria desde que assumiu nunca foi capaz de dar uma entrevista coletiva, nunca foi capaz de falar com este veículo. Ao contrário, em duas oportunidades só se deu ao trabalho de alegar que aqui se produz desinformação.

Provavelmente porque foi flagrada aplicando sobrepreços em licitações e contratando serviços inexplicáveis que o próprio governo já tem. Sem contar que não dá explicações de nenhuma ação que esteja fazendo pela venda de um patrimônio público, que terá forte repercussão negativa para o país no futuro.

Dizer que esta estatal está vendendo dados do cidadão brasileiro não é desinformação. É uma constatação que pode ser feita na própria “loja do Serpro”. E o pior é que toda essa estrutura de venda em breve será repassada para a iniciativa privada, para algum consórcio que monopolizará o mercado com dados dos brasileiros.

Um escândalo sem precedentes na história dessa empresa.

A alegação de que é cobrado o acesso aos dados apenas para garantir a “manutenção” da infraestrutura da empresa é uma piada. Primeiro, o Serpro não tem amparo legal para isso. Segundo, essa “manutenção” já foi paga pelo contribuinte, seja pessoa física ou jurídica através dos impostos que é obrigado a pagar.

Se há um problema de custo com infraestrutura, isso decorre do fato desta diretoria não colocar claramente essa questão no orçamento da estatal. Seja por incompetência preditiva ou por má-fé. Para mascarar o real custo operacional da empresa, que interferiria no seu preço de venda.

*Para encerrar volto a recomendar: quem não estiver satisfeito com o conteúdo, mude de veículo de informação. Não me leia, não se aborreça de graça.