Telebras apresenta trajetória de crescimento

A Telebras comemora os resultados do quarto trimestre de 2024, que indicam uma perspectiva de crescimento sustentável para a empresa. Os números positivos permitem otimismo e expectativa de reversão de prejuízos para 2025, consolidando a trajetória de recuperação e fortalecimento financeiro da companhia. A receita operacional brutal atingiu R$ 462,4 milhões em 2024.

O Ebitda recorrente em 2024 foi de R$ 288 milhões, um crescimento de 55% em relação ao ano anterior, mesmo diante das restrições orçamentárias. Além disso, o resultado do período apresentou evolução expressiva, melhorando em 47,7% e reforçando a trajetória de recuperação financeira da empresa.

Nos últimos meses, a Telebras firmou contratos importantes que reforçam sua posição estratégica no mercado como integrador de soluções digitais. Entre os novos clientes estão o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), a Empresa Brasil de Comunicação (EBC), o Ministério do Trabalho e Emprego, o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) e o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG). Esses contratos, juntos, somam aproximadamente R$ 100 milhões, fortalecendo o fluxo de receita da companhia.

A Telebras manteve sua atuação estratégica de inclusão digital, com aproximadamente 15 mil pontos de conexão ativa de satélite e presença em 2.880 municípios, impactando milhões de brasileiros e consolidando seu papel fundamental na ampliação da conectividade no Brasil.

A capacidade de caixa em relação às obrigações financeiras cresceu 57,6% no período 2024/2023, influenciando positivamente o resultado da companhia. Buscando equacionar o problema orçamentário e a manutenção de suas atividades, a empresa atuou na redução de gastos com custos e despesas operacionais.

Ainda no campo das boas notícias sobre a estatal, enfim o governo começou a resolver o impasse da sua dependência orçamentária, que a obrigava a empresa a reter em torno de R$ 1 bilhão, represesados nos cofres do Tesouro Nacional. Esse dinheiro tornou-se indispoível para a companhia, quando o ex-ministério da Economia, no Governo Bolsonaro, decretou que a empresa se tornaria uma estatal dependente do Orçamento da União. Na época a Telebras estava fadada a ser vendida pelo governo.

A Comissão Mista de Orçamento aprovou ontem um orçamento de R$ 927 milhões para o exercício de 2025, o que gerou um crescimento de 4,05% em relação à proposta original, quando ele foi elaborado em 2024 para ser executado este ano (R$ 890 milhões). O atraso na votação pelo Congresso acabou ajudando no crescimento da sua proposta de custeio e investimentos este ano.

Além disso, a estatal passou a ter a possibilidade de assinar futuros contratos de gestão com o governo, com base no Artigo 47 da LRF 101/00 (Lei de Responsabilidade Fiscal), que assegura autonomia gerencial/financeira para estatais que assinam contratos de gestão com o governo, apresentando metas de desempenho operacional. Com essa medida, a Telebras retorna ao Orçamento de Investimento das Estatais, um passo importante para o retorno da sua autonomia financeira.

*Mas as boas notícis dependem de alguns fatores como, a Anatel não atrapalhar sua trajetória de crescimento, uma certa boa vontade de uma imprensa supostamente isenta e as teles móveis pararem de sabotá-la nas políticas públicas do governo.