Martinhão: Curinga de ministro ou trapalhão?

Ainda não sei se Maximiliano Martinhão é uma espécie de curinga de ministros, ou se arruma tanta confusão que acaba pulando de galho em galho.

Mas o fato é que ele já está acumulando uma série de “ex” em seu currículo, na Esplanada dos Ministérios, coisa não muito normal na Administração Federal. Já pulou tanto de galho, que deixa margem para duvidas se é o “fodão do Bairro Peixoto”, ou um trapalhão.

Vejamos:

Martinhão começou a carreira de “curinga” como Secretário de Telecomunicações no Governo Dilma, na gestão do Ministro das Comunicações, Paulo Bernardo. Não há registro de que tenha feiro algo relevante por lá.

Depois pulou para a Secretaria de Política de Informática (Sepin), já no Governo Temer, comandada pelo atual Ministro da Ciência, Tecnologia, etc e tal, Gilberto Kassab.

De lá pulou para ficar seis meses na presidência da Telebras. E agora desocupa a moita para assumir a Secretaria de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (Setec), de volta para o colo amigo de Kassab.

Em cada lugar que passou Maximiliano Martinhão deixou a sua marca.

Na Secretaria de Telecomunicações de Paulo Bernardo não me recordo de nenhuma confusão, mas era um ministério sem produção, portanto…

Entretanto foi no Ministério da Ciência, Tecnologia, etc e tal de Gilberto Kassab que Martinhão começou a dizer a que veio: “cumprir missões”, questionáveis ou não.

Na Sepin – Secretaria de Política de Informática, sua passagem nos deixou de presente uma tentativa do governo controlar a Internet. Com empresas de informática não passou do mais do mesmo: eles fingem que cobram a aplicação da lei de Informática e os caras fingem que cumprem.

Foi um bafafá danado de Martinhão com o Comitê Gestor da Internet, que restou Martinhão mergulhar e o governo colocar na gaveta seu desejo de controlar a Internet.

Foi parar na Telebras que já era comandada, de fato, pelo ex-conselheiro da Anatel, Jarbas Valente. Lá só teve uma missão confessada por ele na saída: resolver o problema da falta de interessados na exploração do satélite brasileiro, que virou um trambolho espacial e consumiu mais de R$ bilhões aos cofres do governo.

Deixou a estatal devendo explicações sobre como entregou a banda KA para os norte-americanos, a preços que ninguém sabe direito e retorno bem duvidoso, embora alardeie que serão “bilhões” de retorno para os cofres do governo. caso a conferir em breve.

Agora Maximiliano parte para “nova missão”: ser secretário de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (Setec), do Ministério da Ciência, Tecnologia, etc e tal. Juntinho do ministro Kassab.

Vamos conferir se vai usar o poder da caneta para mandar na Finep – o braço do ministério que tem dinheiro para Inovação e qual será a reação lá de dentro. Se mexer, vem nova confusão, se deixar como está, será só mais um cargo no currículo.

*Deus tá vendo a sua movimentação Max. Uma hora ele pune.