
Durante assembléia de trabalhadores organizada hoje (15) pelo Sindpd na regional da Dataprev do Rio de Janeiro, o presidente da Fenadados, Carlos Alberto Valadares (Gandola), pediu a palavra e rebateu as declarações do presidente da empresa, Rodrigo Assumpção, de que sindicalistas estariam se aliando aos defensores das privatizações, para atacar a direção num momento de crise em função do escândalo do INSS. A estatal está sendo acusada na imprensa, de ser parte do problema dos descontos indevidos de aposentadoe e pensionistas no crédito consignado e nas contribuições associativas.
Assumpção comentou na terça-feira durante uma live com os funcionários da empresa, que considerava “inaceitável” que os sindicalistas estivessem “partindo para o ataque” contra a Dataprev por conta de disputa trabalhista. Porque entende que no meio dos interessados em macular a imagem da empresa neste momento de crise no INSS estariam os defensores da privatização. “É com esse povo que os sindicatos estão se aliando”, disse.
Ele estava se referindo à publicação de uma nota oficial do Sindpd-RJ, na qual o sindicato abordava a crise no INSS e, em paralelo, as demissões de trabalhadores que ocorreram de forma traumática na véspera da Semana Santa, quando até segurança chegou a ser colocado na porta do RH. Assumpção na live com os funcionários admitiu que a forma como a empresa procedeu os desligamentos não foi a melhor solução e que a dirção irá rever eventuais processos futuros. O maior número de demitidos ocorreu na regional do Rio.
O teor da nota do sindicato foi publicado pelo Poder360, que contextualizou dois assuntos distintos como um sendo efeito do outro.
A resposta às declarações de Assumpção na live com os funcionários veio hoje (15), com o presidente da Fenadados, conhecido como “Gandola”, nominando um a um os atuais diretores da Dataprev que durante o Governo Bolsonaro ocuparam postos-chave na administração da empresa, em pleno processo de privatização da estatal.
Processo que por falta de tempo não se concretizou. Gandola cobrou explicações de Assumpção, sobre o motivo dele ter “mantido privatistas” na atual direção de estatal. E o motivo dele não estar defendendo em público a empresa, nos constantes ataques que vem sofrendo pela imprensa na Crise do INSS. A guerra entre a direção da empresa e os sindicalistas acabou sobrando até para o ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social, Sidônio Palmeira: