Adriano Meira Ricci deixa o comando da BB Tecnologia

Executivo está se aposentando no Banco do Brasil. Pelas normas da subsidiária de Tecnologia do BB, não será mais possível ele permanecer no cargo, sendo aposentado, regra que também se aplica à diretoria.

Em sua segunda passagem pela ex Cobra Tecnologia, Adriano deixou um legado que visa conduzir a subsidiária do BB a um patamar de excelência. Trabalhou no sentido de projetar a empresa como braço tecnológico do Banco do Brasil, de forma a espantar o velho fantasma de que algum dia ainda será vendida.

Conversei com ele à respeito.

Até março deste ano o resultado financeiro foi positivo de R$ 13,6 milhões, superando todo o resultado alcançado em 2018 que foi de R$ 12,2 milhões. Um fato inédito para a estatal, que espera mostrar um quadro de robustez para o sócio majoritário, no caso o banco oficial.

Além disso, Adriano deixa o cargo tendo cumprido as seguintes metas que traçou ao assumir a presidência da estatal:

Estrutura corporativa

Foi graças à ele que a BB tecnologia acaba por criar equipes internas para melhoria da comunicação e do clima organizacional. Também acabam de serem criadas trilhas de capacitação para desenvolvimento pessoal, com o objetivo de elevar o aproveitamento dos funcionários BBTS e futuras oportunidades. “Tivemos a primeira seleção interna para gerente de divisão nesta gestão”, destacou ele.

Ao deixar o cargo, Adiano também procurou colocar para estudos da futura diretoria, a implantação da remuneração variável para as áreas de negócios, além da construção do canal interno de comunicação entre os funcionários e a diretoria para sugestões e propostas de melhorias que, segundo ele, está prevista para ser entregue em agosto deste ano.

Negócios

Ricci também elencou uma série de medidas que tomou com vistas à melhoria dos processos dentro da empresa e, por consequência, a melhoria financeira da estatal:

  • expansão do contrato de fábrica, que tinha previsão de encerramento para julho deste ano;
  • encerramento de negócios deficitários, tais como: impressão, processamento eletrônico de envelopes dentre outros que estão em avaliação;
  • foco em novos negócios intensivos em TI, com previsão de alteração da composição do resultado de 82% de BPO e 18% ITO em 2018 para 50% de cada um em 2023;
  • criação da gerência de negócios digitais e inovação, sem aumento de custo;
  • abertura da empresa para novos clientes, públicos e privados;
  • criação de show room para demonstração dos produtos desenvolvidos com tecnologia própria, tais como nas áreas de telefonia, segurança e biometria;
  • finalização de espaço de coworking, onde será buscada parceiras com startups;
  • exposição da empresa através de mídias especializadas para divulgação dos negócios.

Além disso, foi graças ao seu espírito empreendedor, que a BB Tecnologia e Serviços voltou a participar, este ano, do Ciab Febraban: o maior evento de tecnologia bancária da América Latina. O retorno da estatal ocorreu após 10 anos da última participação com estande próprio, com o mesmo foco na melhoria da imagem da empresa e na busca por novos clientes.

Sobre esse evento, Adriano até concedeu entrevista para o site Convergência digital, na qual ele destaca o interesse da BB Tecnologia em ser “integradora dos pequenos bancos no open banking”. Vejam a entrevista: