Reino Unido vai fiscalizar a proteção de dados no uso da IA Generativa

Ao participar ontem (15) do Global Tech Day, o Diretor Executivo de Risco Regulatório, Stephen Almond (foto), da Information Commissioner’s Office (ICO) – órgão de proteção de dados do Reino Unido, similar à nossa Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) – alertou ao mercado que haverá fiscalização das empresas que usam a Inteligência Artificial Generativa nos negócios. O objetivo será saber se elas estão levando em conta os riscos que correm de ferir o arcabouço legal que protege a privacidade dos usuários.

“Estaremos verificando se as empresas enfrentaram os riscos de privacidade antes de introduzir a IA generativa – e tomar medidas onde houver risco de danos às pessoas devido ao uso inadequado de seus dados. Não pode haver desculpa para ignorar os riscos aos direitos e liberdades das pessoas antes do lançamento”, avisou Almond.

A estimativa é de que num prazo de 10 anos a IA Generativa possa movimentar no mercado europeu cerca de 1 trilhão de euros. Almond disse que as empresas estão corretas ao avaliarem as oportunidades que IA Generativa oferecerá aos usuários e o mercado em geral. Mas foi taxativo quanto à questão da proteção de dados pessoais envolvida nessa movimentação comercial:

“Gaste tempo desde o início para entender como a IA está usando informações pessoais, mitigue quaisquer riscos dos quais você tenha conhecimento e, em seguida, implemente sua abordagem de IA com a confiança de que não incomodará clientes ou reguladores.”

Já existem leis para proteger os direitos das pessoas, incluindo a privacidade, e se aplicam à IA Generativa como uma tecnologia emergente. Em abril, a ICO estabeleceu oito perguntas que as organizações que desenvolvem ou usam IA Generativa que processa dados pessoais precisam se perguntar . O regulador também se comprometeu a agir onde as organizações não estiverem cumprindo a lei.

“Estaremos verificando se as empresas enfrentaram os riscos de privacidade antes de introduzir a IA generativa – e tomar medidas onde houver risco de danos às pessoas devido ao uso inadequado de seus dados. Não pode haver desculpa para ignorar os riscos aos direitos e liberdades das pessoas antes do lançamento”. alertou Stephen Almond.