O Tribunal de Contas da União decidiu investigar todos os contratos que a Polícia Rodoviária Federal assinou e manteve desde 2018 com a subsidiária brasileira da empresa israelense Cognyte Brasil Ltda, a pedido do Congresso Nacional. O ministro e relator do processo no tribunal, Vital do Rêgo, quer saber se a PRF adotou todos os procedimentos para o uso do software espião Cognyte, “avaliando eventuais riscos de desvio de finalidade em sua utilização, bem como análise sobre a suficiência dos controles internos e de segurança da informação atualmente empregados na mitigação desses riscos”.
As contratações do software espião estão sendo analisadas no âmbito da CPI do 8 de janeiro no Congresso Nacional e a solicitação teria partido dos membros desta comissão parlamentar de inquérito. Vital do Rêgo ao aprovar seu relatório em sessão plenária do TCU, de abrir a auditoria na PRF, informou ao Congresso e à CPI que abriu um prazo de mais 180 dias para concluir os trabalhos de investigação pelos técnicos do TCU.
Desde outubro do ano passado a Polícia Federal vem investigando a empresa e chegou a fazer buscas no escritório dela no Brasil. Os detalhes foram dados na época com exclusividade pelo Brasil de Fato.
O processo será executado pela Unidade de auditoria especializada de Tecnologia da Informação e, se for necessário, em trabalho conjunto com a unidade especializada em governança.