Na hora do aperto, quem está salvando a TI do Superior Tribunal de Justiça é a empresa estatal que está na lista das privatizações do ministro Paulo Guedes para o ano que vem: o Serpro. O tribunal até agora sequer foi à público agradecer pelo esforço da empresa.
A história que está correndo os bastidores da TI de Brasília é muito interessante, porque coloca em discussão, mais uma vez, o papel de uma empresa estatal para um governo que sistematicamente a sabota.
Há cerca de um ano o Serpro deixou de armazenar os dados do STJ, após ter sido escanteado pela TI. Que, inebriada pelos serviços oferecidos por empresas privadas, desprezou a estatal. Por conta disso, todos os dados do tribunal deixaram de ser armazenados pela empresa estatal.
Só que o Serpro não “jogou fora” o backup que tinha do STJ, pelo fato de não estar mais prestando serviços ao tribunal. Continuou mantendo sob sua guarda essas informações, porque tem capacidade para isso e compromisso com os seus clientes, mesmo os que são “ex”.
Foi a salvação agora da TI do STJ, que ainda terá de explicar como virou a grande peneira nacional e o que pretende fazer para não levar outra surra no futuro. Graças à estatal agora, a TI do STJ somente deverá perder em torno de uns 5% da sua base de dados após o ataque hacker que sofreu.
Serão apenas os dados mais atuais que deixaram de ser armazenados pelo Serpro. O restante dos arquivos está sendo recuperado.
*Pois eu sou capaz de apostar que, nem assim, esses nerds do STJ irão aprender a lição.