Nic.br: conectividade do ensino remoto é precário para as classes “D e E”

A carência de recursos digitais figurou entre os principais aspectos que contribuíram para que os estudantes não conseguissem dar continuidade ao acompanhamento das atividades a distância. É o que confirma a 4ª edição do Painel TIC COVID-19, lançada nesta terça-feira (5).

A pesquisa foi realizada com 5.532 pessoas em todo o país, com idades que variam de 15 anos ou mais. As entrevistas foram on-line realizadas pela Quaest Pesquisa entre 5 a 30 de julho de 2021, a pedido do Cetic.br/Nic.br. As principais barreiras reportadas pelos usuários para participar das aulas ou atividades a distância ofertadas pelas instituições de ensino estavam relacionadas à dificuldade de esclarecer dúvidas com os professores (41%), à falta de estímulo para estudar (41%) e à ausência ou baixa qualidade da conexão à Internet (38%).

A falta de estímulo foi a barreira mais mencionada por usuários das classes “A e B” (42%), enquanto a dificuldade para esclarecer dúvidas foi mais reportada por aqueles das classes “D e E” (40%). Dos usuários de Internet que frequentavam escola ou universidade, 63% afirmaram que a instituição em que estudavam ofertou aulas ou atividades educacionais remotas e 19% citaram a oferta de aulas na modalidade híbrida, refletindo o retorno parcial às aulas presenciais no primeiro semestre de 2021.

Enquanto entre os usuários das classes “A e B” o computador era dispositivo usado com maior frequência para acompanhar as atividades remotas, nas classes “D e E” a maioria dos usuários acompanhou as aulas pelo celular.