Ao participar hoje (1º) do Mobile World Congress, o astronauta gordinho, Marcos Pontes, admitiu a sua candidatura para deputado federal pelo PL. Candidatura que na realidade lançou em janeiro de 2019 quando entrou para o ministério de Bolsonaro, mas todo mundo não deu bola. Ele sai da pasta no fim de março conforme prevê a lei eleitoral, mas pretende deixar no ministério a sua “sócia”, Christiane Gonçalves Corrêa, que hoje ocupa o cargo de secretária de “Articulação e Promoção da Ciência”. No evento o astronauta Pontes – usando máscara, porque lá fora é obrigado a cumprir a lei – também voltou a admitir que nada fez para evitar o processo de extinção da fábrica de semicondutores Ceitec.
Pontes disse que a liquidação da Ceitec proposto pelo Ministério da Economia não era “a melhor alternativa”. Mas nada fez contra ela. O MCTI se posicionou à favor da extinção ou venda da empresa. Em nenhum momento apresentou argumentos que pudessem evitar a tomada de decisão do Ministério da Economia. Ao contrário, o seu interesse foi apenas em ficar com as patentes.
O astronauta anunciou no MWC 2022 o lançamento de mais um plano salvador para a Ciência e a Tecnologia do Brasil. Vem aí o “Plano Nacional de Desenvolvimento de Semicondutores“, num país que está vendendo equipamentos da única fábrica de chips na América Latina. Encerrada, segundo o TCU, porque consumia 0,7% do Orçamento do MCTI.
Esse plano salvador será gerido pela Softex – Sociedade Brasileira para a Promoção da Excelência do Software, uma organização sem fins lucrativos pendurada no orçamento do MCTI, que eu desafio ao leitor me dizer para que serve e o que fez nos últimos 20 anos de existência, se não for mais.
“Refazer esse plano é muito relevante neste momento de crise no mundo, o que estamos fazendo. E como ficamos com as patentes do CEITEC, vamos unir a iniciativa à tecnologias como a de energia renovável”, afirmou Pontes ao lado do presidente da Softex, Rubén Delgado (foto), durante coletiva de imprensa concedida em Barcelona, segundo a cobertura do portal Convergência Digital.
Já o presidente do Softex, Rubén Delgado, que comanda a entidade desde os governos do PT, não conseguiu dar um prazo para a entidade assumir o Ceitec, na parte da gestão do legado das patentes criadas pela estatal. “Gostaríamos de ser até o fim de março, para acontecer ainda na gestão de Marcos Pontes, mas não temos condições de dar uma data”.
*Com informações do portal Convergência Digital.