Acontecem umas coisas esquisitas neste governo. O ministro das Comunicações, Juscelino Filho (União Brasil) foi para o “TwXitter” e anunciou que o Maranhão, sua terra Natal, será agraciado com “quase” R$ 100 bilhões em obras do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento).
Aí vem o governador maranhense Carlos Brandão (PSB) e diz que o ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT), anunciou que o Estado terá um total de R$ 94 bilhões do governo federal para as obras do PAC.
Dá vontade de perguntar ao ministro da Justiça, Flavio Dino (PSB), que parece não ter sido convidado para a festa no Maranhão: onde foram parar os “quase” R$ 6 bi do Juscelino?
*Sinistro…
Serpro no Cubo
O que será que o Serpro está aprontando com o Cubo Coworking Itaú, que resolveu pagar por um “Acordo com repasse financeiro”, óbvio que sem licitação, a bagatela de R$ 135 mil?
*Vamos esperar a imprensa da estatal se mexer e informar.
Velhos vícios
Nunca tive carteira de identidade no Distrito Federal. Como 12 Estados já estão emitindo uma nova carteira, bem mais segura e moderna, decidi fazer a minha pela primeira vez no DF. Procurei via Internet o órgão competente para o agendamento e conseguir a emissão. Não deu; pela Internet informam que “não tem vagas” para tirar a carteira. Ou seja, não adianta criar um programa inovador se os mesmos vícios permanecerem. O paraíso que o mundo digital promete é só discurso. Quando cai no mundo real a bagunça continua a mesma.
E ainda querem que eu fale bem de “governos digitais”.
Eficiência ou marreta?
Estava eu tranquilo aguardando a chegada de um táxi na minha quadra em Brasília nesta sexta-feira, quando aparecem três carros de uma empresa terceirizada que presta serviços para a Claro. Achei curioso, pois conseguir um único atendimento nas operadoras de TV a Cabo sempre foi uma novela, que dirá três equipes atendendo no mesmo dia, na mesma hora e no mesmo local.
Como não tinha notícias de nenhuma catástrofe iminente no prédio com equipamentos da Claro resolvi fotografar. Os técnicos não quiseram explicar o que estavam fazendo lá.
No fim ficou a dúvida se a terceirizada da Claro está aprontando algum tipo de marreta, para depois apresentar uma fatura maior para a operadora por serviços prestados em Brasília – que poderiam ter sido feitos por uma mesma equipe – ou se a Claro teve algum espasmo de eficiência e agora atende no mesmo local com três diferentes.
De qualquer forma me sinto até tentado a solicitar uma nova visita técnica para testar essa tese, pois a minha TV a Cabo anda dando constantes problemas de sinal.
Será que vão me mandar três equipes para subir no topo do prédio e ajustar uma antena?
*Depois dizem que esse blog não colabora para as operadoras de serviços de Telecomunicações melhorarem o seu “custo operacional”.
Recicladora Serpro
É pule de dez. Se tiver um diretor do Serpro num evento de TI, podem apostar que ele irá lançar a nuvem da estatal para o governo federal.
*Foi assim com o presidente da estatal, Alexandre Amorim, no último dia 9 de novembro deste ano…
*Como foi também por um outro aspone qualquer no dia 2 de junho de 2020…
*E mais um ainda, no dia 19 de outubro de 2022:
*Mas mantenham a fé porque o “Brasil Voltou”.
Controle de danos
Esse é o único registro oficial de um encontro que não houve para os olhos da imprensa, de um ministro que defende a transparência das informações para evitar a desinformação no Brasil. Todos sabem apenas que houve o encontro após a “tuitada” do ministro. Sem chance de algum jornalista parar os executivos na porta do ministério ou participar de uma coletiva de imprensa, para questionar o que foram fazer lá. E assim segue a “Comunicação do Governo Lula”, que o presidente no primeiro dia de seu governo disse que queria a imprensa acompanhando todos os atos do seu governo.
Ceitec
A pergunta que não quer calar: Augusto Gadelha vai continuar como presidente da estatal do chip recém reativada pelo presidente Lula?
Ou o papel dele termina quando a Assembleia Extraordinária decidir pela composição da futura equipe?
Essa resposta vocês poderão obter neste grande evento marcado pela ministra de C&T Luciana Santos.
*Não deixem de comparecer e cobrar respostas sobre o futuro da estatal de semicondutores.
Bola murcha
O conselheiro da Anatel, Vicente Aquino, presidente do Gape – Grupo de Acompanhamento do Custeio a Projetos de Conectividade de Escolas está inconformado. O Gape comandava a destinação dos R$ 3,1 bilhões do leilão do 5G para escolas públicas. Aquino sabe que o Gape perdeu o controle (em tese) da EACE – Entidade Administradora da Conectividade de Escolas, que mantém consigo a chave do cofre das operadoras móveis para conectar as escolas. Essa entidade público/privada possivelmente deverá se reportar a partir de agora ao Comitê Executivo da Estratégia Nacional de Educação Conectada, que é controlado pelo MEC. Ciente disso, Aquino está procurando quem puder, para pedir apoio político e se manter o poder. Já circulou no Congresso no Ministério das Comunicações.
*Mas a resposta que tem recebido é do tipo: “aceita, que dói menos”.
Perguntar não ofende
Não foi Maxwell Borges de Moura Vieira, ex-presidente da EACE – Entidade Administradora da Conectividade de Escolas e agora candidato a conselheiro da Anatel, que comprou computadores para um piloto de conectividade em 177 escolas públicas 26% mais caros que o valor previsto no mercado? Bem, pelo menos foi o que disse Paula Martins, a sucessora dele na EACE, numa audiência pública na Câmara dos Deputados. Paulinha não quis acusar ninguém. Apenas disse a verdade, como boa jornalista que é. Mostrou que assim que assumiu o comando da entidade conseguiu “renegociar e obter do fabricante uma redução de preço”. No mesmo percentual inflado de Maxwell. (informação sustentada por este blog)
*Ainda bem que se Maxwell for conselheiro da Anatel não terá como função negociar a compra de computadores.
Barrado
O secretário de Telecomunicações, Maximiliano Martinhão, chegou no auditório do Ministério das Comunicações para participar da solenidade de aniversário de 51 anos da Telebras e descobriu que não colocaram uma cadeira à sua disposição no palco, onde as autoridades convidadas foram prestigiar o evento. Ficou em pé assistindo parte do evento e depois desapareceu. Esperamos que tenha sumido antes de verificar, também, que o seu nome sequer foi citado entre as autoridades presentes na solenidade. Só pode ser bruxaria contra ele.
Ilha da fantasia
A secretária-executiva do Ministério das Comunicações, Sônia Faustino Mendes, disse em seu discurso no aniversário da Telebras, que a estatal vem cumprindo o seu papel de conectar as regiões remotas do Brasil, “onde as empresas de telefonia não conseguem ir”. Não, doutora Sônia, a senhora sabe que não é isso. As teles simplesmente não vão porque não dá lucro. E não querem que a Telebras vá, porque elas consideram que os grotões servirão para futuramente despejarem frequências obsoletas e serviços ruins, após a implantação da rede 5G. Não compre um discurso gato por lebre.
Papo furado
As empresas de telefonia voltaram ao velho discurso, via imprensa desinteressada, de que a Telebras em breve irá usurpar o mercado delas de prestação de serviços móveis ao governo. Assim que assumir a gestão da rede privativa do governo. Ora bolas; 1- se é uma “rede privativa”, isso significa que o governo terá a sua própria rede de Comunicações segura e criptografada, não tem que continuar pagando pela rede de terceiros. 2 – a rede será construída pelas empresas de serviço móvel celular que pagaram baratinho pelas licenças do 5G, mas não podem alegar que não sabiam que terão custos por isso. Não foram enganadas, elas sabiam que isso estava previsto no edital do 5G e disputaram o leilão mesmo assim. 3 – À despeito do que pense e propague certo tipo de imprensa, a Telebras tem competência de sobra para gerir essa rede. Tanto, que teve de substituir as teles nos serviços de rede do INSS, que penou durante anos nas mãos delas com serviços que eram caros e ruins.
