O alerta foi dado ontem (13) em audiência pública na Câmara dos Deputados pelo professor sênior Marcelo Zuffo, da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo. Segundo ele, todo país que não investir pesado nessa indústria, não terá como abastecer depois a demanda por chips de diversos segmentos da economia como, automotivo, agronegócio, o de telecomunicações, energia elétrica, etc. Também não terá chance de continuar a promover sua transformação digital.
Filho do cientista e engenheiro eletricista João Antônio Zuffo, um dos fundadores do Laboratório de Microeletrônica da Poli/USP – Marcelo lamentou que m 1968 o Brasil – cinco anos antes da Coreia do Sul – conseguiu através do seu pai desenvolver um chip dentro de laboratório que abriu as portas do Brasil para o nascimento da indústria de microeletrônica.
Esse setor chegou a florescer na década de 1970, mas depois acabou desmantelada nos anos de 1980 por uma série de erros na política industrial brasileira cometidos por governos. Cujo auge da burrice ocorreu entre os anos de 2019 a 2022 quando o país decidiu extinguir a Ceitec, única fábrica de semicondutores na América Latina que estava pronta para atender ao mercado, inclusive com contratos nos Correios e na Casa da Moeda que acabaram cancelados por pressão do Ministério da Economia.
Marcelo participou de audiência pública conjunta promovida pelas comissões de Ciência e Tecnologia e Desenvolvimento Econômico, na Câmara dos Deputados, para debater a situação da indústria de semicondutores no Brasil.