
Por Anderson Carlos Silva de Araujo*
A segurança no setor judiciário brasileiro está passando por uma transformação profunda. Fóruns, tribunais e unidades prisionais, antes protegidos apenas por barreiras físicas e vigilância tradicional, agora contam com soluções tecnológicas de ponta que ampliam o escopo da proteção. O foco não está apenas em evitar invasões ou controlar acessos, mas em garantir a integridade dos processos, a segurança de magistrados e servidores, e a tranquilidade do público que circula nesses ambientes.
O uso de inteligência artificial em sistemas de videomonitoramento tem se mostrado um divisor de águas. Com algoritmos capazes de identificar comportamentos suspeitos, aglomerações incomuns e movimentações não autorizadas, o monitoramento proativo permite que incidentes sejam detectados e neutralizados antes mesmo de se concretizarem. Essa abordagem preventiva representa um salto qualitativo na gestão de segurança institucional.
Nos fóruns e tribunais, tecnologias como reconhecimento facial e controle de acesso inteligente têm sido adotadas para restringir a entrada em áreas estratégicas. Plenários, salas de audiência e gabinetes passam a ser acessíveis apenas a pessoas autorizadas, reduzindo riscos e aumentando a confiabilidade do ambiente. O uso de bodycams e sistemas de gravação também reforça a transparência e a proteção dos agentes públicos em atuação.
Nas penitenciárias, o desafio é ainda maior. A adoção de cercas virtuais, câmeras térmicas, soluções de análise de comportamento e videowalls permite o monitoramento contínuo de áreas internas e externas. A vigilância funcionando 24 horas por dia aumenta a possibilidade de prevenir fugas, controlar movimentações e agir rapidamente diante de qualquer sinal de anormalidade. Segundo dados da Associação Brasileira das Empresas de Segurança Eletrônica (Abese), o uso de tecnologias inteligentes em ambientes prisionais reduziu em até 35% os incidentes operacionais nos últimos três anos.
A centralização da gestão de dispositivos em uma única plataforma é outro avanço relevante. Essa integração facilita a tomada de decisões, otimiza o uso de recursos humanos e garante que todas as unidades operem de forma coordenada. A interoperabilidade entre sistemas de segurança e gestão judicial é um passo importante rumo à justiça digital.
Investir em soluções inteligentes de monitoramento não é apenas uma resposta às demandas de segurança — é uma estratégia de modernização institucional. Ambientes mais protegidos e transparentes favorecem a confiança da sociedade no sistema judiciário e preparam o setor para os desafios do presente e do futuro.
Empresas especializadas em tecnologia e segurança têm papel fundamental nesse processo. Ao oferecer soluções customizadas para o setor público, elas não apenas ampliam sua atuação no mercado B2B, como também contribuem diretamente para a construção de uma Justiça mais eficiente, segura e inovadora.
Mais do que uma necessidade operacional, a segurança passa a ser vista como um valor institucional. Fóruns, tribunais e unidades prisionais que adotam tecnologias avançadas demonstram compromisso com a integridade, a transparência e a proteção de todos os envolvidos. É o início de uma nova era — onde tecnologia e Justiça caminham lado a lado.
*Anderson Carlos Silva de Araujo, engenheiro de pré-vendas da Dahua Technology Brasil.







