Com apoio do representante dos trabalhadores, Agattinho vira diretor do Serpro

Tem coisas que somente a Nasa explica. Apesar de não contar com a simpatia dos funcionários da empresa, de ser visto como alguém ligado ao presidente da estatal, Alexandre Amorim, e apadrinhado político do novo ministro da Saúde, Alexandre Padilha, o Assessor Especial, André Picoli Agatte, se tornou diretor de Negócios, Governo e Mercados so Serpro. E, pasmem, ganhou o voto do representante dos trabalhadores no Conselho de Administração, Renan Pinheiro do Egipyto Guerra, que em se tratando de “guerra” só tem o nome.

“Agattinho”, como é conhecido pelos funcionários dentro do Serpro é mais um caso bem sucedido de empregabilidade familiar no Governo Lula. Além de ser cunhado de Sinval Alan Ferreira da Silva, conhecido internamente no PT paulista como “Alan Gatinho”, Assessor Especial do ministro Padilha, ele também tem a irmã, Juliana Picoli Agatte, na Diretoria de Governança e Estratégia dos Correios e Telégrafos. Juliana é casada com Alan Gatinho.

Não é a primeira vez que a representação dos trabalhadores se acovarda e, mesmo contra a vontade da categoria que representa, vota à favor de indicações políticas feitas para a direção do Serpro. A própria nomeação do presidente da estatal, Alexandre Amorim, acabou ganhando “um voto de confiança” do então representante na época, Deivi Kuhn.

O tal “voto de confiança” foi para o beleléu mais uma vez. Os funcionários em pé de guerra com Alexandre Amorim, sonham agora com a possibilidade de que a saída de Alexandre Padilha da principal secretaria responsável pelas articulações políticas do governo acabe por inaugurar um novo período de mudanças na diretoria da estatal.

*No momento não há nenhum sinal disso no horizonte palaciano. Mas a fé remove até montanhas, certo?