Para o especialista Alexandre Munhoz, CTO da Verifact, empresa focada em realizar registro de provas digitais, existem prós e contras em relação ao uso de Blockchain.
Na sua avaliação, existem dois problemas a serem avaliados com muita cautela. O primeiro diz respeito à forma como foi implementada, se seguiu todos os trâmites necessários pela empresa que executou o serviço. O segundo seria não ter governança de longo prazo, que pode simplesmente inviabilizar o uso dessa tecnologia, caso o fornecedor desista do modelo ou do negócio.
“Se você não tiver esses dois requisitos é muito temerário você utilizar Blockchain, sobretudo, para dados do Estado”, explicou.
Num bate papo comigo ele mostrou que a tecnologia, criada a princípio para gerar um certo grau de confiança nas transações com criptomoedas falha, entretanto, ao não identificar os autores dessa referida transação, o que abre um espaço para ocorrerem atos ilícitos no sistema financeiro.
Alexandre também não concorda com a alegação de que Blockchain irá substituir a certificação digital utilizada hoje através da ICP-Brasil. Ele alerta que o custo da infraestrutura de chaves públicas não seria o argumento preponderante para justificar a migração da tecnologia. Assistam: