É de se indagar o quê as três operadoras móveis estariam fazendo num encontro do presidente Jair Bolsonaro com o empresário Elon Musk. Um encontro que politicamente visava anunciar a intenção do governo brasileiro de fechar um acordo com a Starlink, de Musk, para conectar escolas na Amazônia com satélites de baixa órbita.
Elas abriram mão desse filé? Criam o maior caso com a presença da Telebras no programa WiFi Brasil, mas com Elon Musk ficarão comportadas?
O esforço de puxar o saco de Bolsonaro foi tamanho, que a TIM Brasil, “parceirona” do ministro do Twitter Fabio Faria, não poupou esforços e em plena sexta-feira deslocou para o interior de São Paulo os dois maiores executivos da operadora: Alberto Griselli (CEO da TIM Brasil) e Pietro Labriola (CEO mundial da TIM).
Não foi só ela; as demais operadoras também estiveram no evento com os seus presidentes, Rodrigo Abreu (Oi), e José Félix (Claro).
Só que as duas não tem se desdobrado tão explicitamente para defender o governo, como ocorreu no episódio da TIM/ 5G. Em que a operadora montou um mega cineminha político para Bolsonaro inaugurar/conectar uma torre celular 5G no interior do Piauí, que só tinha autorização para operar em caráter experimental. Já que a frequência de 3,5Ghz ainda não está plenamente autorizada a entrar em operação pela Anatel, devido ao problema de interferência na radiodifusão.
*Foi um baita micão da TIM, mas os interesses comerciais falam mais alto, não é mesmo?