Telemedicina e processamento de Imagens 3D ganham impulso em 2020

Maior organização técnico-profissional do mundo dedicada ao avanço da tecnologia em benefício da humanidade, a IEEE reuniu no dia 28 os especialistas Mylene Farias e Fabrízzio Soares, para debateram avanços em diferentes áreas da tecnologia, em encontro virtual promovido pela entidade.

Após encantar as pessoas em todo o mundo no cinema, nos games e nas animações, a tecnologia de processamento de imagens 3D deve chegar a áreas como saúde e educação e se intensificar nos setores de arquitetura e engenharia.

Já a telemedicina, que na pandemia venceu a resistência de médicos de pacientes, deve continuar em franca expansão. Médicos, psicólogos e nutricionistas usarão cada vez mais teleconferências para atender os pacientes e especialistas participarão de reuniões virtuais para discutir casos médicos.

3D

Utilizada em filmes desde os anos 1950, a tecnologia de imagens 3D vem se aperfeiçoando através do tempo. Ela permite que o espectador não só veja o objeto em três dimensões, mas observe sua forma, cor e textura de vários ângulos.

Entre os recursos existentes está a tecnologia conhecida como nuvens de pontos, que faz a representação tridimensional de um objeto por meio de inúmeros pontos, que são captados por um scanners 3D a laser ou por um conjunto de câmeras.

Há uma crescente popularidade da utilização de conteúdos imersivos, como nuvem de pontos, hologramas e light fields, em aplicações nas áreas de entretenimento, saúde, engenharia, arquitetura e educação.

“Entretanto, para que estas mídias, que exigem que uma grande quantidade de dados, possam ser utilizadas nas mais diversas aplicações por usuários comuns, pesquisadores da área têm trabalhado para criar técnicas eficientes de captura, representação, compressão e transmissão”, explica a professora Mylene Farias, do Universidade de Brasília (UnB).

Entre as diversas aplicações possíveis estão desses recursos estão a produção de conteúdos imersivos para a área de educação, a transmissão de eventos esportivos com um maior senso de presença do espectador e a visualização de conteúdos de exames e imagens médicas para auxiliar profissionais de saúde em cirurgias e atendimentos clínicos. “Vale salientar que um conteúdo imersivo e interativo permite uma qualidade de experiência superior e uma comunicação mais eficiente e humanizada.”, imagina a membro do IEEE.

Telemedicina

Na visão do professor Fabrízzio Soares, da Universidade Federal de Goiás, a telemedicina será outra tecnologia que ganhará impulso em 2021. “Profissionais de saúde continuarão a usar teleconferência para atender seus pacientes, o que representará redução de custos e otimização de tempo”, explica o professor.

Em consequência disso, a avaliação de exames de imagens nas telas do computador deverá entrar na rotina dos médicos. E os sistemas de saúde poderão criar para organizar uma base de dados, com prontuários virtuais com o histórico de cada paciente para ser acessado pelo médico a qualquer tempo.

Fabrízzio Soares acredita no aumento de equipamentos vestíveis que usam sensores para monitorar informações vitais do organismo, como pressão arterial e batimentos cardíacos, sendo úteis não só para praticantes de atividades físicas como idosos e doentes crônicos. “Hoje já há equipamentos que detectam quedas, alterações das funções cardíacas e enviam notificações para familiares e equipes de saúde”, conclui.

*Imagem: EconomiasSC.com