Este Blog responde: Está na contagem dos votos que acaba de eleger a nova diretoria.
Basta verificar a “Ata Geral de Votação e Apuração” publicada no próprio site do sindicato. Dos 1.896 associados em condições de votar, 923 compareceram às urnas. O SINDPD-DF ainda se vangloria com o quorum de “30% dos associados que compareceram às urnas.
A chapa única acabou eleita com 896 votos. Votos em branco 16 e nulos 11.
Como não temos o número de trabalhadores de Brasília, fica difícil avaliar a representatividade deste sindicato, ou melhor: desta “chapa unica”. Mas certamente é nenhuma porque Brasília, no mínimo, tem uns 10 mil trabalhadores na área de informática (sendo modesto).
Mas vamos avaliar a qualidade dos votos pelo prisma estatal, aonde o sindicato, em tese, deveria ser forte e ficou comprovado que não é. Tomemos por base o Serpro, a maior estatal da América Latina, cuja sede fica em Brasília.
No Serpro (sede), 19 funcionários decidiram votar na chapa única. Nem assim a chapa única teve unanimidade. Dos 19 votantes, apenas 14 funcionários votaram nos indicados desta chapa. Outros cinco preferiram anular seus votos.
Já na Regional Brasília do Serpro, um total de 52 funcionários decidiu comparecer às urnas. Mas nem ali a atual chapa única conseguiu a unanimidade. Deste total, 43 votos foram para a chapa única, três votos em branco e seis votos nulos.
Não tenho comigo o número total de empregados do Serpro em Brasília. Mas vamos supor que fossem somente mil funcionários, para efeito de cálculo.
Então, os 57 funcionários que aprovaram os indicados da chapa única terão mais representatividade do que os próprios sindicalistas.
Isso porque, cada um dos votantes do Serpro assumiu a responsabilidade de fazer valer o seu voto – para bem ou para mal – em nome de outros 17,5 funcionários que preferiram nem passar por perto das urnas e provavelmente boa parte nem sindicalizada é. E esse número só leva em conta o Serpro ter mil funcionários em Brasília, o que não corresponde à verdade dos fatos.
Então Djalma, a oposição está na abstenção.
Se a maioria dos funcionários de uma estatal como o Serpro, com tantos problemas trabalhistas que enfrenta, não busca se apoiar no seu Sindicato que, em tese, deveria representar os interesses do conjunto dos trabalhadores em processamento de dados de Brasília, fica a seguinte dúvida:
1 – Ou temos trabalhadores alienados e satisfeitos com a sua situação, ou…
2 – Estes não enxergam nos integrantes desta “chapa única” credibilidade necessária para representá-los.
Portanto, indagar por onde anda a oposição, como fez o presidente Djalma Araújo, no jornalzinho do SINDPD-DF, me parece inapropriado.
Essa ‘oposição’ silenciosa, caro Djalma, não aceitou o notebook em troca de filiação e votos. E constantemente aplica uma bruta vaia nos representantes deste sindicato, quando comparecem em assembléias na porta do Serpro.
* Já nas empresas particulares, inclusive se forem filiadas ao SINDESEI, nem há o que comentar. Não é Djalma?