Este Blog vem acompanhando de perto todo esse bafafá na regional do Serpro-SP, sem entrar em muitos detalhes do que sabe com relação ao que vem ocorrendo nas entranhas desta empresa.
Preferi primeiro ouvir e ler tudo o que já me mandaram sobre o assunto, para depois investigar e tirar as conclusões para informar o melhor possível quem não têm tanta informação disponível dentro da empresa e ainda se vê vitima de uma série de versões desencontradas.
Por exemplo, foi uma tremenda cagada essa pane no Serpro-SP? Foi. Quem viu o Jornal Nacional ontem há de concluir isso.
Mas tudo seria uma infeliz coincidência causada por culpa de São Pedro ou do sistema elétrico brasileiro, que acabou expondo publicamente a atual situação de precariedade administrativa no Serpro? Não, só um tolo pensaria isso.
É preciso separar os problemas administrativos que ocorrem há anos na estatal e vivo denunciando, do que está ocorrendo agora no Serpro-SP.
O problema na regional foi uma deliberada ação de sabotagem, com fins políticos e interesses financeiros muito claros.
O que ocorreu e ainda vem ocorrendo trata-se da antecipação da reação de um determinado grupo, a um processo de intervenção que estava programado para acontecer nos próximos meses, quando muita gente perderia o poder político e o controle sobre um mega orçamento para compras.
Essa “pane” tem o claro objetivo de desestabilizar a ‘nova’ direção do Serpro num momento de transição administrativa, em que parte da diretoria simplesmente abandonou o seu posto assim que soube que não seria reconduzida à função e a nova ainda não foi nomeada, de fato, por conta da inércia do poder central de estabelecer imediatamente o novo governo.
É preciso ser bastante ingênuo para acreditar que geradores e nobreaks resolvem falhar simultaneamente, no dia em que se começa a entrega do Imposto de Renda – data em que mais se exige a presença do Serpro.
A partir daí, entramos no aspecto administrativo e financeiro.
Disponho de informações de que a direção do Serpro, que está saindo, tentou comprar equipamentos. Mas a licitação foi suspensa pelo próprio presidente, Marcos Mazoni. Não porque ele ou alguém seja “irresponsável”, como querem fazer supor aos incautos de plantão.
Mas, sim, porque o edital elaborado tinha claros indícios de favorecimento a uma empresa concorrente. Alguém dentro da empresa queria lucrar com essa compra, alguém dentro da empresa armou uma licitação. Flagrado e temendo agora perder o poder com a chegada da ‘nova’ direção, resolveu criar toda a confusão para deixar exposta politicamente a imagem da empresa. Na triste e desesperada esperança de recobrar um poder que em breve estará perdendo.
Isso é caso para a Polícia Federal. Mas perdem o tempo aqueles que esperam achar algum sujeito fantasiado de “ninja” e com uma metralhadora nas mãos. Não é o momento para isso.
* Ainda.