A Dataprev está nos preparativos para a criação de sua rede social interna na nuvem, reportagem que irei publicar segunda-feira no portal Convergência Digital em detalhes.
Mas vale um registro interessante aqui, para animar a festa.
A estatal em seu termo de referência inicial ( feito antes de ouvir as empresas numa audiência pública), exigia do futuro vencedor do pregão uma capacidade 15 petabytes de armazenamento dos dados dessa rede. E disponibilidade de 99,5% em 24 x 7 dias.
Para se ter uma pequena ideia do absurdo dessa exigência, o Serpro hoje tem na faixa dos 3,5 petabytes em capacidade de armazenamento de dados. E isso não é apenas para uma rede social interna.
Questionada a exigência em audiência pelas empresas interessadas no negócio, a Dataprev respondeu que deseja “uma disponibilidade de 1Gigabyte por usuário o que totalizariam 40 terabytes”.
Aí…
No termo de referência, revisado após a conversa com as empresas interessadas, a estatal informa que exigirá uma capacidade de armazenamento dos dados da rede social corporativa de “pelo menos 4 terabytes”.
Como tenho uma leve tendência para desconfiar da humanidade, estou deduzindo que:
1 – Tem fábrica de salsicha querendo disputar um pregão e não tem capacidade de armazenamento suficiente. E dentro da Dataprev tem alguém tentando acochambrar o futuro edital para o salsicheiro participar.
2 – Os caras na Dataprev não fazem a menor ideia do quanto irão armazenar de informações nessa rede social corporativa.
* Darei o desconto e ficarei com a segunda opção, por enquanto, porque ficou evidente que os caras na Dataprev não fazem a menor idéia do potencial de crescimento dessa rede social corporativa, que será franqueada a todos os quase 4 mil funcionários. Isso ficou claro ao responderem com um sigelo “não” à pergunta de uma empresa: se a estatal tinha alguma estimativa de crescimento anual e poderia compartilhar a informação.
Mesmo assim, indago: o “não” foi para a estimativa, ou para compartilhar a informação?