Quem defende os interesses de quem?

A dupla “Pin e Güim” (Marcelo Branco e Sérgio Amadeu), que do dia para a noite se tornou porta-voz de Lula no Twitter e gerou lucros de R$ 596 milhões para os acionistas da Telebras, parece que anda desesperada.

Até no setorial de TI do PT já foram explicar que só fizeram o ‘bem’ para o presidente, ao vazar a informação de que Lula quer a Telebras na gestão da rede pública de banda larga.

A incontinência verbal dessa dupla é famosa. Se alguém contraria os seus interesses (atesto para os devidos fins, que nunca foram os mesmos do PT), pode se considerar em desgraça. Eles atacam sistematicamente a pessoa, desqualificam a informação, por mais evidente que seja, fazem o que for necessário para gritar mais alto que seu “oponente”.

Sérgio Amadeu todos conhecem de infeliz passagem por Brasília. Queria controlar sozinho um orçamento de R$ 100 milhões para o Software Livre. Como não conseguiu, saiu atirando no governo, mas vira e mexe continua orbitando perto dele. É o mesmo que, na sua ‘guerra santa’ pela difusão do software livre chegou um dia a qualificar a Microsoft de “traficante”. Ameaçado de ganhar um processo, afinou igual à sua voz.

Ou seja, defende suas idéias e ideais, mas tem medo de ir parar na cadeia. Portanto, não faz parte de um partido, que muitos dos seus integrantes correm o risco todos os dias de ir em cana – dependendo apenas do bom humor da polícia – por estarem com carros de som defendendo os interesses de trabalhadores. Nem tampouco faz parte de um partido que tem em suas bases gente que foi torturada e exilada do País, mas não abandonou a causa que defenderam.

Já Marcelo Branco, uma única pergunta: Onde trabalha? Dá expediente exatamente aonde? Aparece como dono de um vasto currículo, de uma época em que era obrigado a, pelo menos um dia da semana, dar expediente em alguma repartição pública. Curiosamente não aparece nele seu passado na Embratel.

* Indago ao setorial de TI do PT: Será que um autêntico petista teria medo de dizer que trabalhou numa estatal como puxador de cabos e foi demitido quando a empresa foi privatizada?

Sérgio Amadeu na noite passada ‘linkou’ uma matéria do portal Convergência Digital no Twitter, que mostra as trapalhadas de Marcelo Branco como “porta-voz” de Lula, qualificando o portal como “representante das teles”.

Pergunto: Quem representa quem?

* Da minha parte posso afirmar com absoluta tranquilidade:

1 – Eu não fui convidado para uma reunião com o presidente da República (quem me dera) e não entrei dizendo que: “reativar a Telebras é uma cagada”.

2 – E depois, numa atitude covarde, não sustentou essa tese, quando Lula disse que vai reativar a estatal,

3 – Também não saí de nenhuma reunião ‘tagarelando’ no Twitter essa informação, expondo o presidente a um eventual constrangimento de responder a um processo por manipulação de ações de uma companhia aberta na Bovespa.

4 – Não ganhei dinheiro da Telefônica para realizar evento algum e nem preciso dizer de que lado da história essa empresa de telefonia está.

5 – Muito menos ganhei do Ministério da Ciência e Tecnologia “apoio institucional” de R$ 100 mil, para ir badalar num evento pago pela Telefônica, de grande interesse para o movimento brasileiro do Software Livre.

6 – E nem mandei instalar nos computadores o Windows da Microsoft.

* Portanto cambada, tá mais do que na hora de vocês sumirem do cenário, desligar o computador e ir descansar em algum balneário de Santa Catarina. Afinal, a vida não é só trabalho, né?