PT tem de se posicionar sobre etarismo no Serpro

O Partido dos Trabalhadores precisa oficialmente vir à público dizer se concorda ou não com a decisão do presidente do Serpro, Alexandre Amorim, de encurtar em cinco anos os contratos de trabalhadores do Serpro que completarem 75 anos de idade. O partido deve essa explicação aos trabalhadores desta estatal, pois a depender dela, sabe-se que a ideia deverá se alastrar por todo o serviço público federal.

Então, sejamos claros, respondam o que estou indagando abaixo:

1 – O partido aprova a decisão de reduzir de 75 aos para 70, a idade limite para a aposentadoria compulsária?

2 – Como o partido pedirá votos de trabalhadores para eleger um presidente aos 80 anos de idade, que terá 81 se conseguir a reeleição?

3 – Por que um governo que costumam chamar de “fascista”, como o de Jair Bolsonaro, não teve a mesma atitude, sabedo-se que naquela gestão a empresa seria vendida e seria muito mais atrativa se tivessem enxugado o quadro funcional como querem agora?

4 – O que pretendem fazer com as vagas dos trabalhadores aposentados? Vão entregar para apadrinhados do PT paulista, que ficou sem emprego depois das eleições municipais no Estado de São Paulo?

5 – Volto a indagar: como vão pedir votos para um presidente que aos 79 anos (agora) admite estar em plena forma  para disputar a reeleição, se consideram que trabalhadores de 75 anos são velhos demais?

6 – A ministra Esther Dweck (Gestão) concorda com essa redução da idade para a aposentadoria compulsória? Vai implantar essa medida no funcionalismo federal, se der certo no “laboratório Serpro”?

O partido precisa ser claro para o eleitorado, se compactua ou não com esse etarismo que vem sendo promovido no Serpro, inclusive com gente que votou em Luiz Inácio Lula da Silva, acreditando que o Brasil iria mudar para melhor.

A sétima pergunta vem depois desse vídeo.

7 – O partido vai continuar mantendo no cargo o atual presidente do Serpro? Ou vai convencer aos padrinhos dele no PT de São Paulo, que a presença de Alexandre Amorim será a derrocada final na busca de apoio à reeleição de Lula em 2026 junto ao funcionalismo público federal?