Enganam-se os que pensam que os defensores do processo de privatizações de empresas estatais, incluindo as de tecnologia, estão dormindo no ponto e jogaram a estratégia para segundo plano por causa da pandemia do Coronavírus. Essa agenda do Governo Bolsonaro virá com força lá na frente e com a ajuda da epidemia.
Por causa da pandemia do Covid-19 e seus impactos na Economia, as privatizações deverão ganhar força. Novos argumentos vão reforçar o discurso junto ao Congresso Nacional da necessidade imediata da venda dessas empresas para refazer o caixa, abalado com os gastos para conter a pandemia.
Se Salim Mattar queria um novo argumento para vender as estatais, esse do rombo nas contas públicas e da necessidade de o governo contar com novos recursos para sanear a crise financeira, que inevitavelmente virá após a pandemia, chegará ao Congresso Nacional e a ouvidos parlamentares bastante sensíveis ao discurso.
O Coronavírus pode até contribuir para adiar a estratégia de Mattar neste momento, já que o Congresso só tem olhos para os problemas da saúde pública. Mas no ano que vem, quando a crise epidemiológica acabar, será a vez da agenda econômica entrar na pauta do dia dos congressistas.
*E aí salve-se quem puder.