Piratas da privatização

Em Ato publicado internamente na Dataprev, a presidente, Christiane Edington, decidiu criar o cargo de “Corregedor”, função de confiança que será uma escolha exclusivamente dela, com anuência do Conselho de Administração.

O tal Corregedor já tem uma função definida, aos olhos do pessoal da Sala da Justiça: controlar sindicâncias internas, que tanto podem servir para perseguir funcionários considerados “rebeldes” – ainda mais num processo de privatização – quanto abafar eventuais deslizes que forem cometidos pela nova diretoria, que possam gerar acusações de desvios de conduta.

Mas foi o salário, o item que me deixou intrigado.

Ele será “baratinho”, se for escolhido um funcionário da casa para o cargo e mais caro se o distinto for algum chapa quente amigo da “tchurma”. Vai depender de quem Christiane quer fazer entrar pela janela da empresa. (vejam na imagem abaixo quanto vale um Corregedor da casa e o amigo da rainha)

Olha, este site é temente ao cabalismo, bruxaria e à numerologia: o salário do amigão da Christiane será de R$ 17.171,01?

Então indago:

O “17” seria uma homenagem à nossa bússola Jair Bolsonaro?

O “171” – já anteciparia o currículo do tal Corregedor?

E o “01” seria o fato dele ser o primeiro após o anúncio da nova diretoria?

Eu recomendaria ao novo Corregedor a sua primeira missão: apurar se não é imoral mandar advogados passar temporada em Portugal fazendo cursinhos de especialização com tudo pago pela empresa. Já que a “patuleia ignara” da Dataprev não goza deste mesmo benefício.

*Sinistro.