Para o agronegócio 4G seria a solução, já que nem sonha contar com 5G no campo

Conversei com Marcos Ferronato, CEO da NetWord Agro, uma das 14 startups mais inovadoras do país, de acordo com o programa InovAtiva Brasil, do Ministério da Economia.

A startup faz o monitoramento digital de solos e lavouras para culturas de extensão e pastagens. Sua tecnologia de monitoramento é 100% proprietária com análise preditiva e uma assertividade de 95%. Ela é capaz de identificar os agentes causadores de dano às lavouras (pragas, doenças e daninhas) forma automática, sem uso de “pragueiros” e com ciclo máximo de 24 horas. “O uso de nossa tecnologia gera uma redução de custos de manejo entre 20% e 40% e aumento de produtividade de 5% a 10%”, diz.

Porém, o problema na implementação dessa tecnologia no campo esbarra numa questão: conectividade.

Marcos conta as dificuldades de acesso à Internet que a sua empresa enfrenta no dia a dia, quando vai prestar o serviço a pequenos e médios produtores rurais. O que acaba gerando custos adicionais para os produtores.

Um problema que, na avaliação dele, poderia ser corrigido se os editais do leilão do 5G tivessem previsão de obrigação das teles implantarem o 4G na roça, já que lucrarão com os baixos preços na aquisição das frequências do 5G. Ele lamenta a falta de política pública voltada para o agronegócio, quando sobra para projetos como, o de cidades inteligentes que pouco decolaram no país. Na avaliação dele, governos só se preocuparam com a exclusão digital, mas esquecem que o campo gera riqueza e produtividade ao país. Assistam: