Sempre disse que não sou uma unanimidade nas duas empresas. Não dá para ser jornalista e ser unânime. Desconfie sempre se você encontrar algum propagando essa ideia. Cedo ou tarde, se for jornalista, este irá incomodar alguém.
Nas duas estatais tem quem concorde comigo, tem quem não concorde, assim como tem quem me odeia e os dizem que me “amam”. Até o dia em que a “raquetada” for na direção deles, óbvio.
Mas essa é a essência do jornalismo e, sem isso, não haveria a credibilidade. Decidi em minha vida profissional pela opção de ter um mínimo possível de credibilidade, sujeito a erros porque o jornalismo é uma ciência humana, não cabe a perfeição matemática. Perco dinheiro com isso, perco amigos, faço grandes inimigos, mas vida que segue. Morrerei burro e pobre, mas dormindo bem todas as noites.
Ontem quando joguei a sombra da dúvida sobre a presença de certos petistas de uma ala deste partido, que não se desgrudou do governo, não quis desmerecer o movimento. Tenho apoiado as iniciativas da ANED e apoiarei qualquer outro movimento apartidário que surja para combater essa ideia idiota de privatizar empresas públicas de Tecnologia da Informação e Comunicações.
E apoio hoje mais do que nunca, depois dos grandes exemplos que estamos assistindo em áreas públicas dominadas pela “tecnologia privada”.
Hoje conversei justamente com aqueles que NÃO participam de movimentos políticos ou sindicais, mas estão preocupados com o baixo rendimento das campanhas contra privatizações. Estes se sentiram atingidos com a minha nota, infelizmente.
A “raquetada” não foi para vocês. Ao contrário, podem contar comigo nessa batalha, porque cada dia que passa está mais claro para mim o erro que este governo está cometendo ao pensar em vender as empresas públicas de TI e Telecom. No todo ou em parte.
Se posso dar um palpite trabalhem, sim, no sentido de mostrar o papel das estatais para o país. Contratem se for necessário marketing, melhorem a Comunicação. Não sou contra a presença de lobistas, mas busquem quem possa realizar esse trabalho, não pela quantidade da grana que vocês possam pagar.
Há gente no mercado capaz de realizar um bom trabalho pela metade do preço do “bamba” que se diz preparado para realizar o serviço.
Aos funcionários em geral, peço que contribuam financeiramente para essa campanha. Cobrem resultados e transparência nos gastos. Façam algo por vocês mesmos. E ao menor sinal de politização do movimento atuem para acabar com o problema.
*De resto, continuo na mesma posição. Não respeito quem se vendeu para diretores, não respeito quem não tem lado politico e não respeito ladrão que se aproveita da situação para ganhar alguns trocados nas compras da empresa.