Surgiu hoje uma discussão, creio que foi em alguma das diversas listas criadas por funcionários do Serpro, de que a estatal ao mudar o Estatuto em 2017 (não me lembro bem da data), teria aproveitado para transformar a empresa numa S/A. O que facilitaria agora a abertura do capital na Bovespa, conforme vem pregando o presidente Caio Paes de Andrade.
Acho que não foi bem assim.
Em março de 2017 eu publiquei uma nota justamente achando estranha a informação contida numa Ata de Assembléia Geral Extraordinária do Serpro, publicada no Diário Oficial da União, na qual era anunciado que a empresa tinha se tornado uma “Sociedade Anônima” de um único sócio: o governo.
Ainda que na época fosse sonho de algum gaiato, logo depois a direção do Serpro republicou em sua página na Internet a mesma Ata, porém suprimindo a informação de que o Serpro seria “empresa pública, constituída sob a forma de Sociedade Anônima”. Houve uma correção.
Esses desencontros de informações apenas denotam que o Ministério da Economia hoje mais parece um balaio de gatos, com dois grupos declarando coisas totalmente distintas. O grupo de Salim Mattar (secretário que cuida das privatizações), que quer vender o Serpro com porteira fechada e se livrar de uma estatal e colaborar para o ajuste fiscal.
E o grupo de Paulo Uebel ( secretário de Governo Digital, que colocou Caio no Serpro), que prefere arrumar um sócio cheio de grana para se unir à empresa, enquanto faz a sua costumeira rapinagem de dados através de contratos esquisitos com o Google, Zimbra e em breve a Amazon, através do projeto “Estaleiro”.
*Portanto foi piração de alguém, embora tal desejo de ver o Serpro uma S/A esteja hoje expressado nas declarações do presidente do Serpro Caio Paes de Andrade, em entrevistas que “dita” para alguns veículos de imprensa. Taoquei?