Foge completamente a lógica natural das coisas, a forma como o cartel das grandes empresas de informática de Brasília – que se abriga no SINDESEI – vem agindo nas negociações salariais com os trabalhadores.
Por exemplo:
Os trabalhadores chegaram a aprovar numa assembléia, que preferiam excluir do Acordo Coletivo de Trabalho, a cláusula que obriga as empresas a repassarem 1% da sua folha de pagamento para a Faculdade de Informática do senhor Avel de Alencar – diretor jurídico do SINDPD-DF. Em contrapartida os empresários, com a economia que fariam, poderiam flexibilizar e melhorar a proposta de vale refeição dos trabalhadores, conhecido em Brasilia como “vale coxinha”, pois não ultrapassará a R$ 10,00.
O que a presidente do SINDESEI, Suely Nakao, resolveu fazer? Nada.
Fingiu que não viu a proposta e manteve aquilo que o SINDPD-DF mais deseja: Tomar dinheiro de empresário, para continuar bancando uma Faculdade em Brasília que não pertence ao sindicato. E ainda desviar recursos para a construção de outra unidade educacional em Goiás.
Outro exemplo:
A CAST já estaria sinalizando que não aceitaria a proposta dos trabalhadores, de não descontar ‘dias’ parados com a greve. Primeiro, se isso foi fechado por Suely Nakao num ACT imposto pelo SINDPD-DF, a empresa não tem como não cumprir o que foi estabelecido entre os dois sindicatos.
Mas o que chama a atenção é o fato da CAST supostamente estar achando que teve prejuízos com os ‘dias’ parados ( praticamente não houve paralisação), mas aceita candidamente o desconto de 1% da sua folha de pagamento, para bancar construção de faculdade de diretor do SINDPD-DF em Goiás. Justo a CAST, empresa que este ano exigiu expediente para um bando de funcionários durante a segunda-feira de Carnaval, para não abrir mão de um suposto lucro. Mesmo sabendo que o governo parou naquele período.
Quanto custa às empresas?
Ninguém sabe e nunca viu oficialmente algum extrato que mostre quanto as empresas do SINDESEI repassam – pasmem – diretamente para a conta da Associação mantenedora desta faculdade de Avel de Alencar. O dinheiro sequer passa pela contabilidade do SINDPD-DF – que desde 2004 vem impondo essa cláusula trabalhista às empresas.
Faculdade que, não por acaso, vem sendo controlada pela esposa do sindicalista.
Não se tem a menor ideia do volume de dinheiro que essa Faculdade recebe todo ano das grandes empresas de informática de Brasília. Mas já se sabe que, mesmo sendo uma “entidade sem fins lucrativos”, pois foi criada com recursos do Ministério da Educação, a EFTI de Avel de Alencar já se deu ao luxo de construir uma filial em Itapaci (GO).
Ficam, então, as seguintes perguntas no ar:
1 – O que ganham as empresas do SINDESEI, ao manterem repasse de dinheiro para a faculdade de Avel de Alencar?
* Sendo mais explícito: O que o SINDPD-DF faz para o SINDESEI, em troca desse benefício?