Para todas as “autoridades” que agora defendem um PNBL misturado com empresas de telefonia. Inclusive, os que pretendem dar, “di grátis”, os 450 MHz para elas venderem serviços no meio rural:
*Chupetado devidamente do Jornal da Tarde, do grupo Estado de S.Paulo, ‘terra’ do meu colega Ethevaldo Siqueira:
Planos de internet sobem mais do que inflação
Os serviços de acesso à internet ficaram 5,1% mais caros na Região Metropolitana de São Paulo no primeiro trimestre de 2011, ante 2,68% da inflação medida pelo IPCA. Trata-se do maior aumento em igual período desde 2007. A alta da procura pelo serviço e a baixa concorrência no setor são as principais razões.
Almir Meira, professor de rede de computadores da Faculdade de Informática e Administração Paulista (Fiap), diz que a alta dos preços tem relação com o fato de que mais brasileiros têm conseguido contratar o serviço e as empresas aproveitam para reajustar preços e recuperar investimentos vendendo inclusive planos de banda larga para consumidores das classes de renda mais baixas.
“É uma política usual nos serviços de comunicação”, afirma Meira. De acordo com as informações mais recentes do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o número de pessoas com acesso domiciliar à internet no País passou de 2 milhões em 2007 para 2,6 milhões em 2009.O aumento de internautas parece inversamente proporcional à qualidade do serviço.
O Brasil caiu oito posições no ranking mundial de velocidade de banda larga em relação a 2010. O País é 76º lugar em uma lista de 168 países analisados, segundo a Ookla, consultoria mundial que compara e classifica as velocidades de download feitos por consumidores. O Brasil está atrás de Gana e Cazaquistão, que ocupam o 39º e o 52º lugares, respectivamente.
Ivair Rodrigues, diretor da consultoria em informática IT Data, observa que falta concorrência no setor e o consumidor tem um número reduzido de opções. Segundo o consultor, a solução seria prover o serviço por meio da rede elétrica. A AES Eletropaulo vem testando o serviço na região, mas ainda não há uma data para a implantação definitiva do sistema.
João Paulo Bruder, analista de telecomunicações da consultoria IDC, conta que a ocorrência mais comum é que os preços se mantenham nas velocidades já oferecidas e conexões mais velozes fiquem mais caras. Oferta de planosDe acordo com o levantamento mais recente divulgado pela IDC, em junho de 2009 a maior velocidade disponível no mercado brasileiro era de 20 megabytes por segundo cujo valor médio mensal era de R$ 286,40.
Um ano depois, a maior conexão ofertada chegou a 100 megabytes por segundo, com o valor da mensalidade média próximo dos R$ 500.Bruder explica que um internauta que tenha trocado uma pela outra reduziu de 70 segundos para 14 segundos o tempo que leva para baixar cerca de 200 músicas.Entre as ofertas de conexões mais lentas, explica Bruder, em junho de 2009, 400 kilobyte por segundo (kbps) era a menor delas, com um valor médio mensal próximo dos R$ 50.
Após um ano, diz o especialista, não havia no País nenhuma oferta inferior a 500 kbps, custando R$ 29,90 por mês.As operadoras dizem que não fizeram reajuste. Segundo a Telefônica, “os preços vêm caindo ao longo dos anos. O Speedy de 1 mega, por exemplo, tinha mensalidade de R$ 222 há cinco anos e hoje sai por R$ 54,90”.
A operadora Claro divulga que “não aumentou suas tarifas de banda larga móvel. Atualmente, a operadora pratica preços promocionais.” A TIM, por sua vez, informa estar reduzindo cada vez mais o preço dos planos de acesso à internet. A empresa citou uma alternativa na qual o usuário paga R$ 0,50 no dia em que usa o serviço. A Vivo informa que também reduziu preços. A Oi afirmou que não realizou reajustes em 2011. A Associação Brasileira dos Provedores de Internet (Abranet) não se pronunciou sobre o aumento.
* Eu explico o que ocorreu: Os usuários de Internet banda larga, cansados de verem as empresas sofrendo desesperadamente para oferecer-lhes um serviço de qualidade, resolveram por conta própria se imolar em praça pública, num reajuste acima da inflação. Porque abaixo não atenderia aos interesses dos pobres acionistas dessas empresas, que investem pesado e nada tiram de lucro no mercado brasileiro de Telecomunicações.