O que está por trás dessa briga entre o superintendente de Administração da Anatel, Rodrigo Barbosa, e os procuradores da Advocacia Geral da União, que prestam serviço na agência reguladora é dinheiro.
Mais precisamente, trata-se do desejo de Rodrigo controlar sozinho os gastos que a agência fará – da forma como bem lhe aprouver – contra a determinação dos procuradores federais, para que o “jovem afoito” cumpra o que determina a LEI.
Explicando em números.
No ano passado a Anatel (Sede) gastou R$ 50.026.102,56 em despesas com ‘serviços de terceiros’ – segundo informa o Portal da Transparência do governo federal.
Prevalecendo a regra que Rodrigo quer impor nas compras da Anatel, na qual ele decide quem convida para prestar serviços ou fornecer bens, até o limite de R$ 1,5 milhão, isso significa que o superintendente Administrativo da Anatel teria poderes para controlar, sozinho, cerca de R$ 10.866.252,00.
Este foi o valor contratado pela Anatel ( só em terceirizações), que ficou abaixo do limite de R$ 1,5 milhão.
* Se essa regra for mantida, podemos dizer que Rodrigo Barbosa será o ‘executivo mais rico’ do Setor de Autarquias Sul de Brasília, onde fica a sede da Anatel. Ninguém controla sozinho orçamento igual, nesta área.