Já chegaram para este Blog xexelento informações de que os dias do presidente da Telebras, Caio Bonilha, estão contados dentro da estatal. O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, pretende exonerá-lo em curtíssimo tempo e substituí-lo por Maximiliano Martinhão, ex-gerente de Engenharia de espectro da Anatel e atual secretário de Telecomunicações do ministério.
As relações entre Caio Bonilha e Paulo Bernardo nunca foram um “mar de rosas”, já que a sua presença na Telebras como presidente, acabou atropelando os planos do ministro de levar para lá o secretário-executivo Cezar Alvarez. Aliás, este foi o capítulo mais grotesco do episódio que culminou com a saída do primeiro presidente da Telebras, Rogério Santanna.
Paulo Bernardo fez toda a articulação para exonerar Santanna e nomear Cezar Alvarez – que já marcava sua presença no Conselho de Administração da empresa. Mas na hora em que concretizou a mudança, o ministro foi atropelado pela nomeação de Caio Bonilha para a presidência da estatal. Supostamente uma nomeação feita diretamente pela presidenta Dilma Rousseff.
Tal episódio nunca foi completamente esclarecido, a única coisa que se sabe é que Bonilha acabou se tornando numa espécie de “bode na sala” da estatal, atrapalhando os planos do ministro. De lá para cá esse relacionamento estaria se deteriorando.
Existem inúmeras versões para explicar a queda de Caio Bonilha. Mas em se tratando do ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, argumentos convincentes para explicar a queda de subordinados não são lá a sua melhor especialidade. Pessoas entram e saem da sua esfera de competência no governo sem maiores detalhes ou explicações que sejam no mínimo plausíveis. Seu estilo de trabalho, se é que existe algum, seria algo como: “Não me atrapalhe que eu não escangalho com a sua vida”.
Rogério Santanna por exemplo, foi exonerado pelo jornal O Globo e passou pelo constrangimento de ainda esperar uma semana para ter um despacho com o ministro. Saiu do encontro exonerado sem nenhuma satisfação que fosse clara da parte de Paulo Bernardo. Eu não me espantaria se Caio Bonilha estiver tomando conhecimento agora por meio desse Blog, de que a sua situação ficou insustentável na empresa.
Mas aqui entre nós, a melhor explicação que eu encontro para essa situação de Caio Bonilha, tomando por base o que ocorreu com Rogério Santanna é a seguinte: O ainda presidente da Telebras, assim como o seu antecessor, bateu de frente com os interesses das empresas de telefonia.
E digamos que ele está prestes a ser mandado para o “espaço”, antes que o governo decida mandar qualquer outra coisa para lá.
* Fico por aqui. O resto da história eu deixo para os especialistas na cobertura deste ministério, que produz mais confusão política do que resultados concretos.