Ao falar hoje no 12º Fórum da Internet no Brasil, promovido pelo Nic.br e o Comitê Gestor da Internet no Brasil, o deputado Orlando Silva, relator do PL 2630 que trata de regras para o combate à desinformação, criticou a postura da Google, contrária à proposta de remuneração do conteúdo jornalístico. Segundo ele, a plataforma criou uma “fake news” ao afirmar que o PL 2630 é uma proposta legislativa que financiará a desinformação, justamente por conter o princípio da remuneração do conteúdo jornalístico.
“Me perdoe Marcelo (Relações Governamentais da Google, Marcelo Lacerda, que estava presente no evento), mas isso é uma fake news. Longe de mim e do Congresso Nacional, independentemente do viés ideológico, montar uma estrutura de Estado para financiar a desinformação; ou de empresas privadas, o que seria mais grave, para financiar desinformação”, disparou.
Para Orlando Silva, as ferramentas digitais têm capacidade de difundir a democracia, a diversidade, o pluralismo e a liberdade na Internet. E a transparência na discussão da regulação da Internet. Regras e critérios precisam ser conhecidos pelo internauta para que possam compreender a conduta ética na rede. Orlando entende que as grandes corporações não necessariamente precisam exercer a sua atividade abandonando determinados parâmetros éticos e civilizatórios.
“Sou daqueles que crê que contra a desinformação é necessário valorizar a informação. Esse debate tem de ir às últimas consequências. Conteúdo jornalístico não pode se confundir com opinião expressada na Internet, as narrativas”, disse.
Para ele, a produção de informação com método, técnica com pluralismo e contraditório; seja produzido por empresas ou mídias digitais merecem a valorização, de forma a que isso permita que a sociedade seja alcançada. Independentemente se forem pequenas, médias ou grandes empresas. defendeu ainda que os próprios jornalistas estabeleçam depois os critérios para determinar como se dará a remuneração do conteúdo. Assistam.