Apesar de o Governo Lula só ter pouco mais de uma semana com a tinta na caneta, a demora nas nomeações de presidentes e diretorias de estatais de TI está acendendo um sinal de alerta para a questão da Segurança da Informação. E o “sinal amarelo” já está acesso, depois das notícias que a infraestrutura do setor elétrico começou a sofrer sabotagem.
O problema estaria na falta de comando, na falta de perspectiva de quem ainda responde por cargos de confiança num governo que acabou no dia 31 de dezembro, mas continua respondendo pela área sem que superiores ainda se encontrem no exercício da função.
No Serpro, por exemplo, o diretor de Operações, Antonino Guerra, já estaria de férias e decidido não retornar à empresa para passar o comando para o futuro diretor ainda não nomeado. O mesmo já ocorreu na Diretoria Jurídica da estatal. No geral, além do GSI (Gabinete de Segurança Institucional) e de outros organismos de defesa, sobretudo cibernética, estão todos em compasso de espera ou em fase de montagem da próxima equipe de gestão. Muita área está com as suas principais cabeças em férias, aguardando as exonerações e consequentes nomeações.
Já existem comentários no mercado de TI, entre fornecedores, de que a mudança de governo não tem sido de forma democrática ou normal, o que se tornou evidente depois dos ataques bolsonaristas aos três poderes. Portanto, entendem que a situação exigiria maior agilidade na escolha dos nomes das diretorias das empresas de TI para evitar algum mal maior, do que o estado de paralisia em que se encontram as empresas.
E nomes não faltam para reposição de diretorias. As mesas dos ministros Fernando Haddad (Fazenda) e Esther Dweck (Gestão), têm diversos currículos e pedidos de nomeações.
*Quem avisa, ministros Haddad e Esther Dweck, amigo é.