
No próximo dia 8 de julho, às 9hs, a Coordenação de Administração (COAD) do Departamento de Polícia Federal estará realizando um pregão eletrônico em nome da Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD), que certamente não tem dinheiro nem para comprar uma caixa de palitos de dente Gina.
O pregão terá por objeto a contratação de “serviços de Copeiragem, de Carregadores e de Garçom, a serem executados com regime de dedicação exclusiva de mão de obra para a ANPD”. O valor total do serviço será de R$ 517,7 mil. Serão contratados 36 garçons, 12 copeiras e mais 12 operadores de carga (carregadores).
Não vi o edital completo, mas tenho certeza que os profissionais foram orientados pela Polícia Federal a não “vazarem” os processos que dormem tranquilos em alguma gaveta da ANPD.
Gotinhas de Susto
Que o ministro Padilha esteja fazendo um trabalho muito melhor na área da saúde não contesto, para alguma coisa ele acabaria servindo neste governo.
Mas que ele não repare que está andando com dois extraterrestres, só tendo problemas de visão.
Coitadas das criancinhas, certamente só estão aceitando tomar vacinas, porque ficam paralisadas de medo diante dessas criaturas de filme B sobre extraterrestres.
Parceiragem

A Controladoria-Geral da União (CGU) deseja criar “um indicador de risco associado às contratações públicas”. E para alcançar o objetivo, nada melhor do que chamar uma das muitas raposas que são loucas para cuidar do galinheiro governamental. Assinou um “protocolo de intenções nº 15/2025” com a Oracle, para viabilizar estudos que terão como base o programa da OCDE “Tech Connect for Integrity”. Então ficamos assim: daqui a seis meses, a empresa deverá informar à CGU quais são os riscos do governo comprar Microsoft Azure; Google, AWS; Huawei; IBM; Alibaba Cloud; Red Hat; DigitalOcean; Rackspace; Linode (Akamai Cloud); etc.
*Detalhe: o “estudo da Oracle” vai sair “de graça”, seus maledicentes.
Comendo pelas Beiradas
Regra nº 1: Para cair nas graças do governo federal, comece abrindo as portas das estatais e bancos oficiais, que o resto virá por gravidade. Ao que parece a Fundação Cardano – uma instituição suíça “sem fins lucrativos”, que ganhou seu CNPJ em 2022, vinculada aos operadores da criptomoeda ADA e conta com o apoio de várias empresas parceiras no ramo de Blockchain certamente interessadas em contratos públicos no Brasil – aprendeu direitinho essa lição. Nos últimos meses essa fundação – que tem o slogan “capacitando os arquitenos do futuro”, vem estreitando laços de amizade com pesos-pesados como Petrobras, Serpro e Banco do Brasil e contam com o suporte acadêmico da PUC-RJ e da UnB ( Universidade de Brasília).
Comendo pelas Beiradas 2
Volta e meia ocorrem reuniões de portas fechadas como a que ocorreu semana passada nas dependências do Serpro. Representantes desse poderio estatal estiveram presentes. Mas se perguntarem aos presentes os objetivos desses encontros registrados em redes sociais, certamente dirão que a Fundação Cardano e suas empresas parceiras “só querem difundir a tecnologia Blockchain no Brasil”. Claro que deve ser isso, embora já existam sinais de casos preocupantes como, por exemplo, notícias que circulam internamente no Serpro, de que a estatal andou torcendo o nariz para a oferta de uma solução indiana de Blockchain. Que por esses azares da vida não é “parceira dessa “fundação sem fins lucrativos”.
Comendo pelas Beriradas 3
Quem pode explicar melhor esse repentino interesse do Serpro na Fundação Cardano – que em março deste ano até fechou uma “parceria” – é o diretor de Negócios, Governos e Mercados, André Picoli Agatte, o mesmo que vem colocando para dentro do governo uma série de empresas, que não querem participar de licitações para disputar contratos governamentais.
Sem amor

Amanhã (24) O IBGE estará lançando o “Programa Nacional de Inteligência e Governança Estatística e Geocientífica, para subsidiar Políticas Públicas Preditivas“ nas dependências do parceiro Serpro. Eu queria ser uma mosquinha para ver as caras de bunda do ex-presidente da estatal, Marcos Mazoni, ao lado do atual presidente Alexandre Amorim. Os dois se odeiam deste os tempos da Celepar. Hahahahaha
*Depois de um feriadão, foi o que deu. Abraços!