CEO da Vodafone critica atraso do 5G na Europa, a exclusão na África e prevê a “Economia das Coisas”

Ao participar hoje (28) da abertura do Mobile World Congress 2022, o CEO da Vodafone, Nick Read, lamentou a guerra da Ucrânia e do uso das comunicações para a perda de vidas. Em sua palestra também criticou o atraso na implantação das redes 5G na Europa e a falta de ação para levar a tecnologia para a África.

“Se olharmos para a cobertura da população 5G em todo o mundo teremos, Coreia do Sul (acima de 90%), China (60%), EUA (45%) e Europa abaixo de 10%, com a taxa atual, levará até pelo menos o final da década para que a Europa corresponda à experiência 5G transformacional e completa que a China já terá alcançado este ano”, criticou.

Para ele, a Europa só se recuperará se soluções locais contribuírem para fechar a lacuna de investimento. “Caso contrário, seremos um espectador”, destacou o executivo. Read disse ainda que, no caso da África, o continente sequer chegou “à linha de partida” na competição da implantação das novas redes 5G. América Latina e Oceania nem citou.

Para o CEO da Vodafone, o setor respondeu ao desafio proposto no MWC de 2019 , quando as empresas tinham como “contrato social” garantir as comunicações da população em meio a um confinamento global com a pandemia Covid. O setor, segundo ele, correspondeu à expectativa. “Olhando para trás, nossos esforços conjuntos realmente capturaram o espírito do novo contrato social”, disse.

Expectativas

Nick Read se disse otimista quando olha para frente e tem certeza na expansão do “poder de transformação de tecnologias futuras”, ao citar o avanço no Metaverso, na Inteligência Artificial, Cloud computing, Edge Computing e no 5G.

A Vodafone, segundo ele, continua a investir em IoT. Já alcançou 140 milhões de dispositivos em 180 países e a expectativa é de que o mercado irá triplicará nos próximos cinco anos, “quando atingiremos cinco bilhões de conexões”, disse. Read lembrou que na Europa mais de 60% das marcas de automóveis estão na plataforma IoT da Vodafone. E preconizou: “somos capazes de evoluir a partir da Internet das Coisas para a Economia das Coisas”, disse. Assista a apresentação:

Tagged