A Caixa Econômica Federal inabilitou a empresa Giovani Godinho da Silva Consultoria em TI, primeira colocada no pregão 552/2023 que pretende contratar serviços em nuvem de Onboarding Digital. O valor estimado em edital era de R$ 138,6 milhões; mas após disputa, o preço caiu para R$ 62,5 milhões, que foi o segundo melhor valor ofertado pela BBTS Tecnologia no pregão e está em fase de “negociação” com a equipe de compras da CEF.
A Giovani não conseguiu apresentar no Atestado de Capacidade Técnica previsto no edital a qualificação técnica necessária para prestar o serviço. A empresa que essa consultoria utilizou para representá-la nesse quesito, a Solutale Tecnologia Ltda (CNPJ
50.295.550/0001-53), “não é instituição financeira autorizada a operar pelo BACEN no Sistema Financeiro Nacional”.
A empresa também não apresentou balanço patrimonial exigido no edital, mas alegou que estaria buscando “apoio financeiro adicional por meio de parcerias estratégicas que reforçarão nossa posição patrimonial e viabilizarão o projeto”. Essas parcerias estariam em processo de negociação e seriam com três grandes provedores de tecnologia em nuvem. Eles ficariam encarregados de oferecer recursos financeiros de quase R$ 2 milhões nos seguintes montantes:
- Azure: USD 150.000, o que equivale a aproximadamente R$ 750.000,00
- Google Cloud: USD 100.000, o que equivale a aproximadamente R$ 500.000,00
- Amazon: USD 150.000, o que equivale a aproximadamente R$ 750.000,00
Desclassificada a Giovani, a Caixa Econômica Federal chamou para o processo de negociação a BBTS Tecnologia e Serviços, estatal prestadora de serviços de TI/Telecom do Banco do Brasil. A estatal ficou na segunda posição na disputa de preços oferecendo pela prestação do serviço R$ 62,5 milhões, a serem pagos em 48 meses, pela CEF, conforme o previsto no edital.
O pregão 552 da Caixa se arrasta desde 2023 e de lá para cá já teve todo tipo de contestação e reclamação de empresas, numa briga comercial que vem valendo até dedo no olho e chute na canela por debaixo da mesa.