São fortes os rumores de que intensas negociações políticas estão ocorrendo nos bastidores de Brasília e podem acabar levando o PSD do ex-ministro da Ciência e Tecnologia, Gilberto Kassab, para o controle da Telebras.
O presidente Jair Bolsonaro andaria negociando apoio político no Congresso com os partidos do Centrão, do qual o PSD faz parte. Um bloco de centro-direita que hoje detém 68% dos deputados na Câmara.
Cargos em diversos órgãos federais e estatais poderão acabar nas mãos destes partidos em troca de apoio, não excluindo nem mesmo empresas como a Telebras e, numa forçada de barra, o Serpro e a Dataprev.
No momento, entretanto, os rumores falam da estatal das telecomunicações, que detém um satélite geoestacionário subaproveitado, além de um backbone que vai de Norte a Sul, mas corre o risco de virar pó caso a Eletrobras seja privatizada. A Telebras usa fibras da Eletrobras para operar o backbone.
Para a Telebras um eventual acordo de Bolsonaro com Gilberto Kassab pode ser a salvação da lavoura. Pois a empresa está no PPI – Programa de Parcerias de Investimentos do governo, mas com o pé no PND – Programa Nacional de Desestatização. Na pior das hipóteses poderia até ser extinta.
A Telebras tem uma equipe de alto nível técnico, e uma infraestrutura que não está sendo utilizada pelo atual controlador da estatal, o ministro astronauta Marcos Pontes.
Este só olha para a RNP – Rede Nacional de Ensino e Pesquisa, porque essa Organização Social que atua junto ao governo como intermediador de contratos publico/privados, é o sonho de todo político que quer fazer “grandes negócios travestidos de políticas públicas” sem ter de se sujeitar a licitações e os olhos aguçados dos organismos de controle.
Ainda que sejam rumores, algo pode surgir para a Telebras num horizonte próximo, para tirá-la da condição de “patinho feio”.
*Eu, se fosse o Bolsonaro, dava logo um pé na bunda desse astronauta vaidoso e gorducho e entregava o MCTIC inteiro para o Kassab retornar.