O Banco Central divulgou no final de maio os 25 projetos selecionados para a terceira edição do Lift (Laboratório de Inovações Financeiras e Tecnológicas). Vários deles desenvolverão soluções financeiras com o uso de blockchain, alguns com a plataforma Corda, contando para isso com o apoio da R3.
Em 2020, o Lift chega à sua terceira edição com o objetivo de fomentar ideias e projetos relacionados à indústria financeira e às atividades de supervisão e regulação do Banco Central do Brasil. Na próxima etapa, prevista para começar em 29 de junho, as propostas serão desenvolvidas no laboratório virtual.
O Comitê de Gestão do Lift selecionou projetos com potencial de promover inovações no Sistema Financeiro Nacional utilizando os critérios de aderência à Agenda BC# , benefício para o cidadão, uso de tecnologias e proposta de negócio inovadoras. O processo de seleção contou com a participação de representantes de vários departamentos do BC, que classificaram os projetos de acordo com o interesse estratégico de suas áreas.
O próximo passo é a formação dos grupos de acompanhamento de projetos (GAP), que são equipes integradas por funcionários do BC, membros da Fenasbac e especialistas em tecnologia indicados pelas empresas apoiadoras. Cada projeto terá um GAP, que se reunirá quinzenalmente com os proponentes de forma virtual para acompanhar o andamento do projeto e discutir os temas de inovação envolvidos no desenvolvimento da proposta.
Blockchain no Lift
Dos 25 projetos selecionados, vários farão uso da tecnologia blockchain em suas soluções e aqueles que escolherem a plataforma Corda receberão o apoio voluntário da R3 para o seu desenvolvimento. Esta não é a primeira vez que o Lift recebe propostas que unem blockchain e inovação no sistema financeiro e que foram desenvolvidas com o suporte da R3 .
Na edição do ano passado algumas startups em blockchain foram destaque, entre elas a BluPay, que trabalha com remessas baseadas em blockchain. A participação no Lift ajudou a empresa a ser adquirida pela Valid, empresa brasileira listada na Bolsa de Valores brasileira (B3) que tem representação em mais de 16 países e oferece serviços financeiros conectados com a tecnologia digital e com a digitalização da economia.
A R3 também apoiou o desenvolvimento da solução FinID – Sistema de Identidade Digital Descentralizada que foi desenvolvido em parceria com o CPqD e a startup Gavea Marketplace, que lançou uma plataforma digital de negociação de commodities usando a tecnologia blockchain Corda. A plataforma de negociação de commodities é a primeira do mercado brasileiro a viabilizar transações entre os diferentes participantes do ecossistema da indústria, automatizando todas as etapas do processo .
O que é o Corda R3
A plataforma Corda foi construída seguindo os requisitos de segurança, privacidade e escalabilidade definidos pelas instituições financeiras que fizeram parte do consórcio original da R3.
Considerado como a Terceira Geração de plataformas Blockchain, a Corda foi concebido para que os dados das transações entre as partes permaneçam totalmente privados e não sejam distribuídos para os outros nós da rede.
“A privacidade e segurança das informações aliadas à interoperabilidade de aplicações em sua rede tornaram a Corda uma escolha natural para instituições financeiras, seguradoras e infraestruturas de mercado financeiro como a CIP, para os casos de uso onde a confidencialidade das informações é crítica para a operação” explica Keiji Sakai, diretor geral da R3 para a América Latina .
*Fonte: Assessoria de Imprensa da R3.