
Desde que o programa “Aprender Conectado” começou a ser acelerado no ano passado, os números referentes às instalações da infraestrutura de rede não batem com o das escolas já conectadas à Internet. O programa conta com R$ 3,5 bilhões em recursos provenientes do leilão do 5G para conectar 40 mil escolas públicas nas regiões Norte e Nordeste até 2026.
Enquanto o painel da Entidade Administradora de Conectividade nas Escolas (Eace), responsável pela instalação registra que 3.760 pontos de Internet já foram colocados dentro de escolas públicas (sendo 1.284 pontos em fibra óptica e 2.476 pontos com sinal de Wi-fi); apenas 700 escolas estão efetivamente funcionando ou recebendo o sinal.
Por que essa discrepância tão grande? Isso é tarefa para a nova presidente do Gape, Sonia Faustino Mendes, dar as devidas explicações. O Gape é o grupo que controla as atividades de instalação da infraestrutura de rede que vem sendo feita pela EACE.
Sonia Faustino assumiu oficialmente a presidência do Gape no dia 11 de dezembro, depois que o ministro das Comunicações, Juscelino Filho – irritado com o passo de tartaruga do projeto – decidiu ejetar o conselheiro da Anatel, Vicente Aquino, da presidência.
A partir daí, os números apresentados pela EACE começaram a dar um salto nas instalações da infraestrutura. Mas em termos de uso efetivo da Internet na educação dos alunos das escolas públicas já contempladas pelo programa mostram um descompasso que chama a atenção.
Este blog tem algumas perguntas para a nova presidente do Gape:
1 – Por que essa discrepância de números entre a instalação e o uso da Internet nas escolas?
2 – A EACE já vem pagando mensalidade para as empresas que instalaram a infraestrutura de Internet?
3 – Quanto já pagou e quem já recebeu?
4 – O que está faltando para instalar logo a Internet nas demais escolas?
5 – O MEC já deu sinal de vida, com relação à compra de computadores para as escolas?
6 – Quando a EACE vai deixar de sentar em cima do contrato a ser assinado com a Telebras, para que parte dessas escolas passem a receber sinal de satélite, única opção de serviço de rede em áreas remotas?