Por Roberto Arruda* – É evidente que muitas empresas impactadas pela pandemia optaram por investir em serviços na nuvem para garantir o funcionamento dos negócios remotamente. De acordo com uma recente pesquisa do IDC e da IBM, 59% das empresas entrevistadas afirmam utilizar algum tipo de nuvem – 33% optam por serviços de nuvem pública, 31% nuvem privada on-premises e 27%, nuvem privada instalada em um provedor terceiro.
O investimento da maioria das empresas em nuvem pública pode ser explicado pelas vantagens que ela pode oferecer às organizações, como garantia de disponibilidade, preço acessível e segurança contínua. Mas, qual é o real impacto da nuvem pública para os negócios?
Impacto da nuvem pública nas empresas
A nuvem pública oferece inúmeros benefícios para as empresas que optam por este serviço. Um deles é a escalabilidade ilimitada, que não pode ser ofertada por outros tipos de cloud, por esbarrar nas limitações físicas de cada modelo. Nesse contexto, a nuvem pública possibilita velocidade de escalonamento por estar inteiramente ligada a ambientes virtuais, que podem ser expandidos rapidamente conforme a demanda de cada empresa. Estes ambientes virtuais são responsáveis, também, por simplificar o dia a dia do diretor de TI, ao facilitar a integração de sistemas, bem como possibilitar a prática de inovações.
A nuvem pública garante ainda ampla segurança, pois toda navegabilidade é revisada dentro de um browser (navegador de rede), enquanto o ambiente físico exige a utilização de uma aplicação para garantir esta proteção. Além disso, por ser de nível global, os dados podem ser replicados em diversos países com a adoção de nuvem pública, garantindo o backup e disaster recovery (recuperação de desastres) de maneira contínua e evitando qualquer problema grave de segurança. Outro ponto relevante é em relação aos custos, uma vez que pelo volume de máquinas utilizadas, as nuvens públicas conseguem garantir alta qualidade por um preço muito mais acessível.
Jornada de migração para a nuvem pública
De modo geral, a migração para a nuvem pública é válida para qualquer tipo de empresa, seja pequena, média ou de grande porte, de qualquer segmento, desde escritórios de contabilidade, com dois colaboradores utilizando o sistema, até indústrias com centenas de usuários simultâneos, por exemplo. Nada disso interfere na transição de ambiente de uma empresa. O processo de migração para o modelo de cloud pública está associado diretamente às estratégias de negócio e, principalmente, ao estágio de maturidade da empresa.
Ou seja, se já houver, dentro da companhia, algum ambiente com maturidade avançada, este processo acontece de maneira mais rápida e natural. Caso haja complexidade em relação a isto, o tempo de transição e os cuidados que devem ser tomados são maiores. Desta forma, é necessário conhecer as demandas da empresa e entender quais são os dados e aplicações utilizados, para que a migração seja feita de maneira simples e não cause impacto no dia a dia da companhia, já que o objetivo ao optar pela nuvem pública é a evolução em todos os ambientes e processos.
*Roberto Arruda é CRO da Sky.One, startup especializada no desenvolvimento de plataformas que automatizam e facilitam o uso da computação em nuvem.