Marcelo D’Elia Branco, aquele que “tuitou” a reunião de Lula sobre Plano Nacional de Banda Larga sem autorização, comunicou no domingo o seu “afastamento temporário” do cargo de coordenador-geral da Associação Software Livre.org. Não explicou as razões, apenas solicitou ao Conselho da ASL “que tome as devidas providências para compor uma nova coordenação”.
Marcelo Branco irá para a equipe de campanha da candidata à presidência, Dilma Rousseff (PT). Se encarregará de movimentar a militância do partido para atuar na Internet, angariando apoios e votos para a ex-ministra. Também terá missão menos nobre. Promover no “mundo virtual” a boa e velha baixaria que sempre ocorre entre partidários de candidatos presidenciais no “mundo real”.
Em sua mensagem de despedida, mais um grande mistério, que deveria intrigar a alma dos trabalhadores deste país.
Marcelo diz que “o trabalho realizado pela coordenação, conselho e demais ativistas sempre teve o caráter de voluntariado, sem qualquer remuneração ou vantagem econômica e nem por isso deixou de ser de grande qualidade profissional”.
* No mérito profissional eu não me meto.
Mas volto a indagar de onde veio esse tempo todo a remuneração de Marcelo Branco?
Se ele não tem emprego formal em canto algum e diz que esse tempo todo trabalhou na ASL de forma “voluntária”, então temos um caso raro de alguém que sobreviveu financeiramente no Brasil sem nenhuma remuneração.
Como nunca ouvi nenhum ativista do Software Livre ou trabalhador nessa área, afirmar que também consegue sobreviver no Brasil sem salário ou qualquer outro tipo de remuneração, temos um caso raro que mereceria sérios estudos dos economistas.
Há quase dois meses solicitei formalmente à ASL, que me apresente as contas desta Associação, a partir de 2003. Não obtive nenhuma resposta sobre os gastos dela e nem tampouco com quem ela gasta.
Pelo menos agora Marcelo Branco terá como explicar de onde sai o seu suposto “salário”.
Ele virá do caixa de campanha do PT.