Logo mais às 16hs o Grupo de Trabalho da Ciência, Tecnologia e Inovação da Transição do Governo Lula, concederá entrevista para os jornalistas e fará um diagnóstico da área, que não será bom.
Estranho no ninho
O que este blog quer saber é se o ex-ministro e coordenador da transição, Aloizio Mercadante, terá ao seu lado o lobista Celso Pansera, aquele senhor denunciado pelo blog que recebeu R$ 1,8 milhão da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, sem nunca ter prestado contas dos recursos. Aliás, não dá para entender a presença de Pansera na coletiva da imprensa, já que ele nem participou da primeira fase da Transição. Pretendo indagar se Mercadante tem conhecimento do assunto. E, caso tenha, por que faz vistas grossas para a presença de Pansera na transição e ainda participa de coletiva de imprensa ao lado dele.
Ceitec
Hoje também será um bom dia para perguntar ao GT de Ciência, Tecnologia e Inovação, que propostas eles irão apresentar ao futuro governo sobre o destino da Ceitec. Privatizada ou extinta já se sabe que a estatal não será. Porém resta saber se vão reativar a fábrica, se vão abrir o capital e manter o controle societário ou se ela irá se transformar numa espécie de centro de pesquisas e de testes para outras instituições públicas ou privadas (inclusive empresas) que estejam pesquisando na área de semicondutores.
Bancos em alta
A turma da TI do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal está em alta na transição. Todas as informações solicitadas pela equipe de tecnologia, que faz o diagnóstico da área foram imediatamente prestadas, sem contestações, protelações ou embromações. Passaram no teste da farinha e causaram boa impressão. Salve!
Estatais em baixa
O mesmo não se pode dizer das estatais de TI. Serpro e Dataprev estão embromando para entregar as informações. Se eu conheço a direção ‘serpriana’, não há poder no mundo que faça essa turma entregar algum dado relevante. Já burlaram a Lei de Acesso à Informação, requerimentos de Informações de Deputados e nem foram molestados pela ANPD. Não seria uma transição de governo que iria tirar o sono dessa turminha. Por isso fica a recomendação: os futuros presidentes do Serpro e da Dataprev serão dois loucos, se antes de sentar nas respectivas cadeiras dessas empresas não mandarem fazer uma auditoria completa. Daquelas que nem a turma que serve o cafezinho escapa.
Chupadores de sangue
Acompanhei a transição FHC/Lula, depois Temer/Bolsonaro e agora Bolsonaro/Lula. Tenho certa estrada. Mas nunca vi coisa parecida como agora, tá cheio de “vampiro” nos GTs de Ciência e Tecnologia e no de Comunicações da atual transição. Gente que não faz nada, da palpite em tudo e só atrapalha. No fim, ainda irá querer crédito por algo que não fez, mas tá valendo como passaporte para um carguinho no próximo governo. Pensam que estão enganando, mas lá na frente, quando não souberem o que estão fazendo no governo, acabarão se denunciando. Aguardem!
Inversão de valores
Gente, não adianta perguntar se eu sei quem será ministro de quê. Quem deveria fazer essa pergunta neste momento sou eu e não o contrário. Se eu soubesse agora quem será o próximo ministro de Lula o nome já estaria no blog, não acham?
Caio, o SGD-SP
Ontem diversas pessoas me repassaram a notícia, de que Caio Paes de Andrade vai deixar a presidência da Petrobras para ser o Secretário de Governo Digital do Governo de São Paulo. Nunca morri de amores por ele, assim como ele em sua santa arrogância sempre desconsiderou este Blog como veículo de Comunicação. Cada um viveu no seu quadrado. Portanto, essa informação nem fede e nem cheira. Mas confesso que será muito interessante acompanhar o trabalho dele em São Paulo e o do futuro Secretário de Governo Digital no Governo Lula. Veremos quem efetivamente terá a melhor iniciativa de Transformação Digital.
Confronto digital?
Mas não falo em acompanhar os trabalhos como uma disputa política, não é isso. As boas iniciativas que vierem deveriam ser acompanhadas por todos, seja de quem for. A meu ver, se o Governo Lula tiver bom senso deverá olhar para a área Digital deixada pelo Governo Bolsonaro como um processo a ser continuado e não de ruptura. Para não acabar repetindo aquilo que já vem sendo feito. Pode aprimorar programas, mudar o nome para “chamar de seu”, mudar pessoas em lugares considerados “estratégicos” colocando os seus de confiança, mas não caiam na tentação de reinventar a roda.
Transformação não é mero desejo
A Transformação Digital no Brasil não existe porque Caio Paes de Andrade ou o Governo Bolsonaro decidiram seguir esse caminho. O país apenas acompanhou uma tendência tecnológica mundial. E o mérito pelos resultados deve ser conferido também à Paulo Uebel, Luiz Felipe Monteiro e Fernando Mitkiewicz. Eles souberam compreender esse movimento no devido tempo, para o Brasil na esfera federal não ficar à reboque de outras iniciativas que já ocorriam no mercado privado brasileiro e em outros países.
O DNA foi o mesmo
O processo da Transformação Digital no governo federal só foi possível, porque mal ou bem o Brasil tinha algum preparo para implementá-la após iniciativas do E-Gov lá atrás nos governos do PT. Tirando Paulo Uebel e Caio Pares de Andrade, boa parte da equipe do Governo Bolsonaro migrou dos Governos Lula e Dilma. Tudo estava em casa e provavelmente continuará. Na área de compras, por exemplo, só ouvi elogios até agora ao pessoal que está no braço da “Gestão” do Ministério da Economia. Não vi e nem ouvi ninguém na transição questionar o trabalho dessa turma.
Contradição
O que eu nunca consegui compreender foi como Paulo Uebel e Caio Paes de Andrade apoiaram a venda do Serpro e da Dataprev por viés ideológico, quando as duas empresas foram fundamentais para garantir a sustentação dos processos da Transformação Digital do Governo Bolsonaro. Quem sabe algum dia algum deles me explica, né? Milagres acontecem.
O que importa no Digital
É ver como o Brasil é um país dinâmico na Tecnologia da Informação, capaz de se adaptar para enfrentar as grandes crises. O show que este país deu durante a pandemia da Covid-19 nos setores público e privado merecia um livro. Milhões de brasileiros que sequer tinham uma conta bancária, do dia para a noite conseguiram sobreviver recebendo auxílio emergencial via cadastramento em aplicativo em conta criada na Caixa Econômica. Nas TICs ou no ‘digital” cada governo teve o seu mérito. Então, pra quê brigar?
Telebras
O silêncio da transição sobre o papel desta empresa estatal no Governo Lula me incomoda. Só vejo empresa de telefonia circulando diariamente no Centro Cultural do Banco do Brasil. Aliás, onde tem Paulo Bernardo, Cezar Alvarez e Jorge Bittar, tem sempre alguma empresa de telefonia de plantão.
Nojento!
Não consigo assimilar a esnobada que levei do ministro do Twitter, Fabio Faria, que não me deu nem um troféu. Deus tá vendo tamanha ingratidão vinda de você, mesmo depois de eu ter te nomeado para esse ministério.