O ônus de ser o partido do governo não tem limites. Enquanto no plenário os deputados do PT se revezavam para tentar impedir a votação do projeto das terceirizações (4.330/2004), o governo agia nos bastidores em sentido contrário, não brigando pela não aprovação do texto, mas tratando de livrar quaquer tentativa que pudesse gerar perda de arrecadação.
Por conta disso, passou no substitutivo do deputado Arthur de Oliveira Maia (SD/BA), um pedido para que seja antecipado, no pagamento das empresas terceirizadas, o desconto de impostos e contribuições sociais (Imposto de Renda na fonte ou alíquota menor prevista na legislação tributária; Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL); PIS/Pasep; e a Cofins).
Pepinos como, o pagamento de salário, 13º salário e férias, além de outros benefícios, o governo lavou as mãos. Deixou para o PT brigar pela causa sozinho. Que fiquem para a Justiça do Trabalho resolver, caso a empresa terceirizada continuar a dar, como já dá hoje, um balão no pagamento dos trabalhadores.
* Como diz o ditado: “Farinha pouca, meu pirão primeiro”.