Para o Diretor-executivo do Instituto de Tecnologia e Sociedade do Rio de Janeiro (ITS Rio), Fabro Steibel, é preciso não confundir o reconhecimento facial e a identificação pela face. Segundo ele, o reconhecimento pelo computador de uma face humana hoje em dia não é problema para nenhum software que vise essa tarefa.
Entretanto, quando os computadores passam a tentar identificar a face que o sistema detectou, começa o perido de se estar gastando o tempo numa tarefa inócua, pois a taxa de “falsos positivos” cresce assustadoramente e a margem de erro pode chegar a 92%.
O “falso positivo” seria o erro gerado na captura da face pelas câmaras, com as informações disponíveis no banco de dados. Os algoritmos desses sistemas podem confundir a imagem de duas pessoas muito parecidas e não conseguir estabelecer com exatidão, de acordo com as informações que dispõe no banco de dados, quem é que está na imagem capturada pela câmera naquele momento.
Daí que o especialista lembra que em “situações controladas” como, por exemplo, a identificação facial através da comparação de imagens de câmeras com as fotografias de passaportes que a polícia federal faz nos aeroportos, a taxa de sucesso nessa identificação é alta. Já uma eventual identificação de um cidadão através de imagem de câmera num Carnaval de rua ou numa passeata, pode ser baixa.
Fabro participou de audiência pública na CCTCI – Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática, ocorrida nesta quarta-feira, dia 3. O evento teve como pauta central, um debate sobre as aplicações de reconhecimento facial nas atividades de Segurança Pública e combate à criminalidade.
Fabro não condena o uso da tecnologia, apenas alerta que é preciso ter cuidado ao adotá-la, para evitar que essa taxa negativa na identificação pela face acabe interferindo com os direitos constitucionais dos cidadãos.
*Em tempo: Bill Gates nasceu em 28 de outubro de 1955, tem 63 anos, ou 64 incompletos, como preferirem. 59 tenho eu, droga .