Na segunda parte da entrevista com Rodolfo Fücher da ABES, questionei como as grandes empresas podem sobreviver num confronto com pequenas e ágeis startups, que não sofrem os abalos de legislações tributárias e que geram encargos sociais que são presentes no dia a dia delas.
Fücher explicou que a transformação digital tem atraído os dois ambientes para uma convivência pacífica e produtiva.
Se as grandes sofrem com esses problemas, a partir do marco legal, elas podem contar com as startups para potencializar os seus serviços, ao passo que as pequenas também necessitam da musculatura delas para ganhar espaços no mercado. Para ele tudo tem ocorrido como uma via de mão dupla.
Mas falta, por exemplo, o governo entender o novo modelo que o mercado mundial vem adotando e trabalhar no sentido de quebrar o receio ao novo, ter segurança jurídica e realizar contratações confiando nas startups que são suportadas por grandes corporações. Parte do governo já entende essa necessidade, mas o caminho nessa direção ainda tem alguns quilômetros a percorrer.
Segundo ele, o mercado já vem trabalhando no sentido de quebrar o receio do administrador de inovar nas compras governamentais. “A parte legal já andou muito e é importante que o governo traga essa parte disruptiva para dentro dele”, afirmou.