O Acordo Coletivo de Trabalho proposto pelo SINDPD-DF na campanha salarial das empresas particulares – visa descontar 1% da folha de pagamento das empresas para requalificação profissional dos trabalhadores de TI do Distrito Federal. Essa cláusula não é nova, vem sendo aplicada nos ACTs desde 2004 pelo SINDPD-DF em comum acordo com o SINDESEI.
As empresas acreditavam estarem contribuindo para a qualificação de trabalhadores de TI em Brasília. Mas já descobriram por meio deste Blog, que também financiaram a construção de uma nova Faculdade na cidade de Itapaci (GO).
Não bastasse essa fraude, a EFTI – Escola de Formação dos Trabalhadores de Informática – que é tratada como se fosse propriedade particular do diretor Jurídico do SINDPD-DF, Avel de Alencar, já foi vendida.
Isso significa que o dinheiro a ser repassado pelas empresas para requalificação de trabalhadores irá garantir o funcionamento de faculdade privada.
Sim, conforme este Blog denunciou em dezembro de 2010, foi concluída a manobra feita no ano passado pelo SINDPD-DF – no sentido de vender a EFTI. Para quem acredita que estou fazendo uma denúncia vazia, segue o link da Faculdade/Colégio JK, no qual a instituição anuncia e explica como foi definida a compra, que a possibilitou criar uma nova “unidade” do Lago Norte:
Resta-nos fazer algumas indagações:
1 – Por quanto saiu essa venda?
2 – Quem ficou com o dinheiro?
3 – O sindicato ganhou algo com isso?
4 – Por que manter a cláusula de 1% a ser recolhido das empresas de informática, para uma faculdade que já não está mais sob controle do sindicato?
5 – A Faculdade JK é a melhor instituição de ensino para garantir uma boa formação aos trabalhadores de TI, na visão das empresas do DF?
(OBS – Salvem links desta faculdade, copiem, imprimam, pois certamente todas as informações que denunciam essa suposta “compra” deverão desaparecer)
Terracap
O detalhe mais interessante é que o terreno onde se encontra a EFTI é de propriedade da Terracap, que fez apenas uma concessão de uso ao SINDPD-DF. Este Blog denunciou que já em 2007 este sindicato procedeu ações no sentido de devolver o terreno à Terracap. O SINDPD-DF também repassou todos os poderes para a AFTI – a Associação que controla a EFTI – controlada por Avel de Alencar, através de sua mulher Patrícia de Alencar. O custo desse trâmite, entretanto, foi cobrado pela Terracap junto ao SINDPD-DF.
Novas perguntas e dúvidas:
1 – Não seria necessário que a Terracap primeiro colocasse à venda o terreno, através de uma licitação, antes de sair a venda desta faculdade?
2 – Nessa licitação seria dado o “direito de preferência” à EFTI, já que lá existem benfeitorias construídas com dinheiro arrecadado das empresas de informática de Brasília – via sindicato laboral. Isso ocorreu?
3 – Alguém viu alguma licitação da Terracap nessa direção?
4 – Se não foi feita a licitação e se a EFTI – enquanto Associação de mesmo nome – ainda não comprou o terreno, como Avel de Alencar colocou à venda algo que ainda não lhe pertence ( pelo menos o terreno) ?
5 – Mesmo que este Blog esteja errado e que tenha ocorrido uma licitação da Terracap para a venda do terreno, a Faculdade JK pagou pelas benfeitorias lá existentes a quem?
6 -Quem recebeu o dinheiro: Avel de Alencar? a AFTI ? ou o SINDPD-DF?
7 – E o MEC, que lá atrás em 2003/2004 destinou dinheiro para a construção da Faculdade, foi ressarcido?
8 – Qual a participação efetiva da direção do SINDPD-DF nesse episódio?
9 – Se tudo está correto e a venda ocorreu dentro dos trâmites legais – e não existe neste momento apenas um “contrato de gaveta” – por que o sindicato decide continuar mantendo no ACT deste ano a cláusula de 1% de repasse da folha das empresas de informática, para uma faculdade que já não lhe pertence mais?
10- Que garantias deu a Faculdade JK no sentido de continuar fornecendo cursos de graça aos trabalhadores de TI do Distrito Federal?
11- Por que essas garantias não estão previstas no ACT deste ano?
*Até o momento só existe uma informação que confirma uma suspeita deste Blog, desde o ano passado, postada no site da Faculdade/Colégio JK. E ela é bem clara. Leiam:
Histórico da Instituição FATEP/JK
A história da FATEP começou a ser delineada em 2002, quando foi instituída a empresa EFTI – Associação de Formação de Trabalhadores em Informática e efetivamente implantada, em 2005, por meio da Portaria 662 de 02 de março de 2005, publicada no DOU nº 42, folha 9 seção I de 03.03.2005.
A filosofia inicial de seus precursores, um time de voluntários e visionários constituídos por familiares e amigos, com uma formação social revolucionária e sindical, tinham como elemento referencial norteador e motivador, o sonho de criar, implantar e manter, legalmente uma Instituição Educacional, que estivesse voltada para o atendimento ao trabalhador Brasileiro, dando-lhes condições de adquirir uma formação rápida, prática e integral, preparando-os para o mercado de trabalho e para o desenvolvimento de seu papel social e de sua responsabilidade enquanto cidadão.
Em consequência desse idealismo e filosofia, a EFTI, pessoa jurídica mantenedora, inaugurou em 15 de agosto de 2002 a Escola de Formação de Trabalhadores em Informática – EFTI, Instituição Educacional que tinha como objetivo oferecer os Cursos Básicos, Técnicos e Tecnológicos, mediante convênio com o MEC/SETEC por meio do Programa de Expansão da Educação Profissional – PROEP, na Área da Informática.
Dessa iniciativa surgiu, além da escola técnica denominada de Escola de Formação de Trabalhadores em Informática – EFTI, também o Centro de Educação Tecnológica Paulo Freire – CETEP/DF, que foi transformado na Faculdade de Tecnologia Paulo Freire – FATEP/DF, em decorrência do Decreto nº 5225/2004, por meio da Portaria 662 de 02 de março de 2005, que a credenciou, quando foi publicada no DOU nº 42, folha 9 seção I de 03.03.2005.
A FATEP/DF começou ofertando cursos na área da Informática, Computação e Processamento de Dados, Desenvolvimento de Software e congêneres, sendo esse foco a principal finalidade que a fez seguir pelos caminhos educacionais, oferecendo o ensino em todos os níveis da Educação Profissional, Corporativa, Básica, Técnica, Tecnológica, Científica e Acadêmica.
Em 2010, diante dos vários problemas que foram surgindo e das dificuldades em encontrar as soluções (?????), a EFTI decidiu pelo fechamento da Faculdade e encerramento das atividades de graduação. Entretanto, no final do ano, no apagar das luzes, atendendo aos clamores de funcionários e alguns alunos que ainda necessitavam concluir os cursos, decidiu coloca-la a venda, permitindo que outra empresa da área de educação assumisse a responsabilidade pela sua continuidade e desenvolvimento.
Várias Faculdades fizeram suas propostas, mas coube, entretanto, a Faculdade JK esse desafio, primeiramente pela semelhança de sua proposta pedagógica e filosófica e segundo, pela responsabilidade assumida em relação aos alunos remanescentes e funcionários da IES. Assim, começa a nova história da FATEP, agora também JK. Em 2011, como nova adquirida pela Rede de Ensino JK, passa também a ser denominada de Faculdade JK, até que toda mudança seja efetuada no MEC e possa tornar-se exclusivamente, Faculdade JK de Tecnologia – Unidade do Lago Norte.
A marca JK teve inicio em 1977, por meio de um grupo de professores que motivados por ideais altruístas, e, cheios de um espírito empreendedor, inspirados nos ideais de Juscelino Kubitschek e no crescente desenvolvimento da jovem capital do país, resolveram se unir e constituir uma instituição de ensino que pudesse prestar serviços à comunidade, inicialmente com a oferta de cursos Pré-Vestibulares, visando à preparação para o acesso ao Ensino Superior e na educação de adultos, pelo antigo sistema supletivo.
O Ensino Regular surgiu no mesmo ano, como consequência natural do trabalho duro e da qualidade dos serviços empreendidos por esses jovens empresários, que tinham como propósito abrir novos horizontes e criar também, o ensino seriado, implantando a escolaridade regular do ensino fundamental ao médio, nas cidades satélites de Taguatinga e Guará e no Gama, já a partir de 1980.
Em 1987, o grupo JK, mais uma vez expandiu suas instalações, iniciando suas atividades no Plano Piloto, na 913 norte, atuando da Educação Infantil ao Ensino Médio.
Ao longo de sua trajetória, nesses 34 anos de existência, houve várias mudanças e separações societárias, mas nada impediu que a instituição de ensino JK permanecesse firme nos seus ideais e continuasse a crescer e a investir na modernização de suas instalações e na ampliação da educação, visando à formação de pessoas com uma consciência cada vez mais crítica sobre a realidade humana, e sobre o mundo que a cerca, como também na criação das condições sistemáticas que permitam a identificação dos problemas e a busca de soluções criativas, inovadoras e eficientes para os novos rumos empresariais.
O seu principal diferencial em relação às outras instituições, é primeiramente, sua proposta pedagógica, construída com base nos processos de formação permanente de seus profissionais e na manutenção do aluno como corresponsável e principal protagonista desse processo educativo e na sua responsabilidade e compromisso com a educação e com a sociedade, objetivando a melhoria da qualidade de ensino e aprendizagem, como fator preponderante para o sucesso pessoal e profissional de seus educandos e da sociedade como um todo.
Várias são as unidades de ensino superior com a marca JK já implantadas no Distrito Federal e todas vêm oferecendo cursos de qualidade nas mais diversificadas áreas da educação. A FATEP/DF, Faculdade de Tecnologia Paulo Freire, é a mais nova unidade adquirida da Rede, que tem nesta aquisição, o objetivo de ampliação de suas atividades, tornando o ensino superior tecnólogo, uma realidade e um fator decisivo para o contínuo crescimento e fortalecimento da marca JK em Brasília, na medida em que começa a atuar também, na formação tecnóloga e de Informática, atendendo aos conclames do mercado e da clientela escolar, que deseja a continuidade dos seus estudos nesta área de formação e num espaço de tempo menor.